..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

'Eu acredito na Justiça', diz Calegário ao falar sobre inquérito que apura possível irregularidade em concurso público

'Eu acredito na Justiça', diz Calegário ao falar sobre inquérito que apura possível irregularidade em concurso público

Após a justiça bloquear bens do ex-prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno e mais três pessoas, o deputado Fagner Calegário (sem partido) resolver se pronunciar oficialmente sobre as acusações de irregularidades em um concurso público na área da saúde, realizado no município de Tarauacá no ano de 2016.

Fagner Calegário que na época era diretor da empresa Calegário X - Serviços e Corretagem de Seguro LTDA, uma das maiores bancas privadas de concurso público da Região Norte, foi indiciado pela Polícia Civil, por meio do inquérito 214/2016 que visa apurar irregularidades no certame que oferecia cerca de 150 vagas, todas na área da saúde.

De acordo com os autos, que estava sob a responsabilidade do delegado de Polícia Civil, Alexnaldo Batista e que foi encaminhado ao Ministério Público e à Vara Criminal de Tarauacá no último dia 23 de maio, o parlamentar e a empresa que representava, são acusados, entre outras coisas, de infringir o artigo 184 do Código Penal Brasileiro, que versa sobre a violação de direito autoral.

De acordo com o parlamentar, ele ainda não foi comunicado oficialmente sobre o indiciamento, mas afirma que é o maior interessado em que tudo seja esclarecido.

“Ainda não foi comunicado oficialmente, mas assim que o for estarei pronto para apresentar minha defesa na Justiça. Eu sou o maior interessado para que tudo seja esclarecido”, enfatizou.

Sob as acusações de Rodrigo Damasceno, Fagner Calegário destacou ainda que ele próprio aconselhou o ex-prefeito a não concorrer ao concurso público, e diz que em mais de 15 anos de atuação sua empresa nunca teve problemas nos concursos que organizou, com exceção ao realizado em Tarauacá. 

“Enquanto estive à frente da empresa, a maior banca privada da região, nunca tivemos problemas, já havíamos realizado certames para diversos cargos em Rondônia, Mato Grosso e Goiânia, inclusive para procurador de Município, e nunca houve problema, o único foi esse de Tarauacá, onde o prefeito, apesar de ser orientado por mim, insistiu em ser um dos candidatos”, comentou.

Quanto à acusação de plágio, Calegário admitiu que no momento em que foi constatado pela banca examinadora a existência, na prova para enfermeiro, a empresa de imediato emitiu comunicado e suspendeu a prova para aplicá-la em data posterior.

“Houve o cancelamento do concurso sem direito a ampla defesa do contraditório, isso depois da publicação do gabarito. O que fizemos foi buscar a Justiça para garantir o direito de todos os demais candidatos. Seguimos a determinação judicial e reaplicamos a prova e o concurso foi homologado no início de janeiro, se não me falha a memória”, explicou.

O deputado disparou ainda que apesar do concurso ter sido concluído e homologado a empresa ainda não recebeu pelo serviço, cerca de R$ 130 mil.

 “Se alguém está devendo naquele município, esse alguém chama-se prefeitura de Tarauacá, porque até hoje não recebemos pelos serviços prestados naquela época. Por esse motivo ingressamos novamente com uma ação no judiciário”.

Questionado sobre o julgamento de possível crime de corrupção eleitoral, onde é acusado de compra de votos, que acontece nesta terça-feira, 11, Fagner Calegário disse estar tranquilo e que acredita na Justiça.

“Quando percebemos algo de errado quem buscou a Polícia Federal para apurar esse assunto foi eu, então estou bem tranquilo quanto ao resultado, pois acredito na Justiça”, finalizou