O deputado Luís Tchê (PDT) disse que ainda vai conversar com a base a respeito da sua permanência na liderança do governo na Aleac. Ele não escondeu o descontentamento e a crise instalada entre deputados da base de sustentação e governo.
“Eu ainda vou conversar com a base. Tem uma crise instalada. Quanto mais os deputados falarem melhor”, disse o Tchê ao sair da reunião com o governador em exercício Major Rocha (PSDB).
Tchê acrescentou que tomou a decisão de derrubar os vetos da LDO pela falta de comunicação com o governo. Ele afirmou que entrou em contato com três supersecretários de Gladson, mas sem sucesso.
“Por que nós assumimos isso? Porque eu liguei para o seu Ribamar e não atendeu, para Semíramis e não atendeu e também para a Maria Alice. Então, nós assumimos isso. Nós precisávamos tomar uma decisão. Depois quem me ligou foi a Semíramis, mas nós já tínhamos uma decisão tomada. O que eu vejo é falta de comunicação”, disse Tchê que teve três pessoas ligadas a ele exonerada por Cameli.
No final do primeiro semestre, Gladson Cameli elogiou a postura de Tchê (PDT) na liderança, mas tudo virou da água para o vinho em questão de dias.
Uma nova reunião deve acontecer na terça com o retorno de Gladson Cameli dos EUA
Sobre exonerações, Rocha se reúne com deputados e diz: “não é nenhum problema insanável”
O governador em exercício Major Rocha (PSDB) foi até a Aleac para tentar apagar o incêndio causado pela equipe de governo e ratificado pela caneta de Gladson Cameli (PP), que deixou tudo pegando fogo e viajou para os Estados Unidos hoje, 19.
Rocha não descartou a revogação das exonerações, mas disse que isso será uma decisão do próprio governador. Entretanto, ele coloca-se a disposição para mediar o diálogo. Ele reconhece que há um conflito, mas que pode ser contornado.
“Essa é uma decisão do governador, eu me coloquei a disposição para ajudar a construir para encontramos essa saída. Eu vim para dizer que no retorno do governador na terça-feira a gente resolve de uma vez por todas esse problema”, salienta.
Quanto ao deputado José Bestene, que ameaçou deixar a base, Rocha acrescentou que “o Bestene está nervoso, é normal da situação. Acredito que também se contorna”.
Rocha bateu muito na falta de comunicação entre governo, por meio de seus secretários e os parlamentares estaduais. Ele frisou que é necessário melhorar a articulação política e aproximar os dois polos para chegarem a um consenso.
“Nós temos um problema fiscal sério no nosso estado e nós temos um erro de comunicação com a base. Sei da dificuldade que alguns parlamentares estão enfrentando com a pressão das suas bases, mas acho que a gente tem que contornar isso, não é nenhum problema insanável. Acho que precisamos ter o diálogo com a nossa base, nós temos que nos aproximar mais da nossa base. Acho que havia uma distância da base”, pontua.