O secretário adjunto de Saúde, Coronel Jorge Resende, que se envolveu em uma verdadeira confusão e troca de agressões com servidores da Saúde em greve e o deputado estadual Jenilson Lopes Leite (PSB) no prédio da Sesacre na manhã desta terça-feira (10) no primeiro dia de paralisação dos servidores, disse ao Notícias da Hora que foi agredido e admitiu que errou ao ter ido para o meio da manifestação.
Ao ser perguntado pelo Notícias da Hora se ele chamou os servidores de vagabundos, conforme acusa o deputado Jenilson Leite, Resende respondeu: "Eu não estava me referindo aos servidores, aos trabalhadores, eu estava me referindo ao grupo que me agrediu. Talvez eu até tenha chamando, sim, mas por uma pura infelicidade. Na verdade, eu queria chamar de covardes, pois a forma que eu apanhei ali foi uma covardia. Talvez eu tenha confundido o jeito de me expressar diante da emoção, da situação, do momento. Eu até levantei o braço, pois eu não queria agredir ninguém, mas aí começaram a me bater. Eu achei isso tão covarde. Eu acho que não mereço isso. Eu não estou aqui pra passar por isso. Eu vim aqui pra ajudar", completou.
Resende conversou com a reportagem na porta da recepção da Secretaria de Saúde, assim que os servidores grevistas haviam deixado o prédio caminhando até a Assembleia Legislativa. Ele havia tentado chegar a uma delegacia para registrar um boletim de ocorrência pelas agressões que diz ter sofrido. Resende mostrou marcas no pescoço. O secretário afirma que desistiu de denunciar o caso à polícia por causa do trânsito.
Segundo o Coronel, o governo está aberto ao diálogo. Ele apenas não entendeu a razão da ocupação do hall do prédio da Sesacre, já que que os sindicatos, segundo o secretário adjunto, haviam prometido que não ocupariam o prédio.
"Eles falaram que não ia haver invasão. Eu estava na Casa Civil pra trazer um documento, um documento da reunião de ontem. Eu vim aqui por baixo no prédio no saguão porque tem alguns sindicalistas que eu conheço, que eu tenho um bom relacionamento. O problema é que eles começam a forçar uma porta de vidro para ter acesso a outros andares. E isso me preocupou muito. Eu fui avisar a eles que eles já haviam dito que não tinha mais diálogo. Foram eles que avisaram ontem na reunião que não haveria mais diálogo.
O governo continua de porta aberta para a negociação. Sempre esteve. O governo não está parado. A gente reuniu os sindicatos e explicou a situação do Pró-Saúde e da etapa alimentação. Conseguimos evitar a demissão das 520 pessoas do Pró-Saúde e agora estamos fechando o relatório sobre informações da Lei de Responsabilidade Fiscal."