Durante o Papo Informal desta quinta-feira (7), apresentado pelo jornalista Luciano Tavares, o deputado Emerson Jarude (MDB) quebrou o silêncio e comentou a respeito do seu relacionamento com a ex-esposa do governador Gladson Cameli (PP) e a denúncia feita contra ela, Gladson Cameli e mais 11 pessoas ao Superior Tribunal de Justiça (STF), pela Procuradoria Geral da República (PGR) no âmbito da Operação Ptolomeu.
Jarude disse que não é o responsável por colocar Ana Paula nesta situação, mas é o homem responsável hoje por ajudar a tirá-la. Ele disse ainda que espera que os verdadeiros culpados sejam identificados e punidos nos “rigores da lei”.
“Olha Luciano, antes de entrar neste assunto, eu gostaria de fazer um parêntese. Eu não sou de falar muito da minha vida pessoal. Tem sete anos que estou na política, nunca falei. Mas eu posso abrir meu coração nesta entrevista? Muita gente politizou o meu relacionamento com a Ana Paula. É claro que a gente recebeu inúmeras mensagens de pessoas desejando felicidade, que estavam felizes com a nossa união, mas também teve muita gente que levou isso como se nós não pudéssemos nos apaixonar um pelo outro. Como duas pessoas, um casal. Durante muito tempo, Luciano, a gente não trouxe isso a público porque como eu falei, fomos eleitos para trabalhar, não fui eleito para falar da minha vida pessoal. Mas todos os dias eu falo para a Ana Paula o quanto que eu a amo, o quanto ela é importante na minha vida e que, principalmente, eu vou sempre estar ao lado dela”, ressaltou ao acrescentar:
“E todo mundo sabe que eu não sou o homem responsável por ela estar nesta situação hoje. Mas eu tenho o meu compromisso de relacionamento, além do meu carinho a ela, do meu amor, da felicidade, principalmente do afeto, ser o homem responsável por tirar ela dessa situação. Por justiça a ela e a todos os acreanos, que os reais responsáveis pelos fatos descritos pelo Ministério Público Federal sejam responsabilizados no rigor da lei”, disse.
Ao comentar propriamente sobre a denúncia, que tem quase 200 páginas, Emerson Jarude foi enfático: “O que a gente pode afirmar é que as provas são muito robustas. A gente percebe ali a presença de seis crimes: corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato e processo licitatório indevido. E as provas que traz o Ministério Público são muito contundentes. Então, a gente acredita que a Justiça está municiada de informações”.