O nome da auditora substituta Maria de Jesus Carvalho, indicado pelo Tribunal de Contas para conselheira do órgão, foi rejeitado antes de chegar ao plenário da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (25).
Uma comissão de cinco deputados, criada com o objetivo de analisar a indicação, entendeu que Maria de Jesus, por ter 65 anos, não pode assumir o cargo. A Constituição Estadual afirma que a vaga só pode ser assumida por quem tem mais de 35 anos e menos 65 anos.
Assim que o nome foi rejeitado começaram as especulações de que o Palácio Rio Branco teria interesse na vaga. Porém, o governador Gladson Cameli afastou qualquer boato e disse ter consciência de que a indicação atual é do Tribunal de Contas do Estado. O único problema, segundo o governador, é que ao nomear Maria de Jesus, ele estaria cometendo improbidade administrativa. O Ministério Público Estadual, que recomendou ao governador e a Assembleia Legislativa que não aceitasse a escolha do TCE, foi quem fez o alerta.
"Não tenho interesse nenhum em tumultuar o processo. O problema é eu responder por improbidade administrativa ao nomear a indicação do Tribunal de Contas. E eu tenho consciência que a vaga é do Tribunal de Contas", afirmou Cameli.
Nos bastidores circula a informação de que a associação nacional dos auditores deve entrar com uma ação para que a Justiça obrigue a Assembleia Legislativa a aprovar a indicação do TCE.
Como é a única auditora substituta do Tribunal de Contas, Maria de Jesus teve seu nome aprovado por unanimidade pelos conselheiros.