O ex-assessor para a Juventude do governo Tião Viana, Weverton Matias, se posicionou a respeito da prisão do deputado federal Daniel Silveira. Ao analisar o caso, Matias diz que o Supremo Tribunal Federal atuou com um certo corporativismo ao ratificar “por unanimidade” a prisão em flagrante determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
“Quais os critérios adotados pela Suprema Corte para dar esse tratamento ao parlamentar? Critérios esses não adotados em outros episódios muito semelhantes. Podemos citar episódios cometidos pelo ministro Abraham Weintraub, outros parlamentares, inclusive o próprio presidente Jair Bolsonaro, estando esses no pleno exercício de suas funções ou não. Infelizmente, informações chulas, rasas, como a do deputado, absolutamente em desconformidade com suas funções, são bem comuns no nosso País. Convenhamos, o Supremo nunca foi de decidir situações dessa natureza de forma tão rápida, enérgica, podemos dizer assim. O que gera estranheza e, portanto, vários questionamentos quanto aos critérios utilizados”, disse o ex-assessor.
Matias diz que “não concordo em nada com o conteúdo das afirmações do parlamentar, não percebo espírito republicano ou compatibilidade com sistema democrático (...) Uma crença que o STF está coberto de razão, porque ao meu sentir, não está. Faltou razoabilidade, proporcionalidade quando foi tomada essa decisão. Existiam meios menos drásticos que a decretação da prisão preventiva para poder, de certa forma, advertir ou até mesmo penalizar o parlamentar por algum excesso que ele tenha cometido. Então é apenas a minha opinião. Ninguém está obrigado a concordar com ela. Estou aqui aberto a outras opiniões.”, disse Matias.