A semana foi marcada por dois pedidos de CPIs na Assembleia Legislativa do Acre. O primeiro apresentado ainda na última semana, de autoria do deputado Daniel Zen (PT), pede uma investigação minuciosa na aplicação de recursos da Educação no período de 2019 a 2020. O deputado Pedro Longo apresentou outro requerimento semelhante, que conta com 14 assinaturas, e pede a extensão do período a ser investigado, a partir de 2016.
Mas, os dois pedidos de CPIs colocam o líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), em uma situação desconfortável. Longo participou do governo do petista Tião Viana. Ele foi diretor do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac). Enquanto, na Educação, estava o professor universitário Marco Antônio Brandão. Brandão deixou a pasta sem nenhum indício ou denúncia de corrupção. Mas, um a CPI estendida por Longo pode colocar toda gestão do antigo secretário no olho do furacão e pode cumprir o ditado popular: ‘atirar no que viu e acertar o que não viu’.
O líder de Gladson Cameli terá que ter muito jogo de cintura para aguentar a pressão tanto do atual governo para manter o pedido, quanto do governo anterior, que não quer mais “bater cabeça” com investigações. Em 2016, Tião Viana remanejou Pedro Longo do Imac para o Detran/Acre. Uma das metas de Pedro Longo era tornar Rio Branco a capital nacional do respeito à faixa de pedestre, bem que tentou, não conseguiu.
O deputado Roberto Duarte (MDB) disse na última terça-feira (27) que não descarta pedir a abertura de uma CPI para investigar o Detran. Duarte afirmou estar preparado para toda e qualquer CPI. Se Duarte levar à frente o intento e pedir uma CPI com prazo estendido no Detran, poderá alcançar o período que Pedro Longo esteve no comando da pasta.