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POLÍTICA

Ex-vereador de Jordão diz que não há dinheiro em espécie circulando e alerta: ‘indígenas e ribeirinhos são os mais prejudicados’

Ex-vereador de Jordão diz que não há dinheiro em espécie circulando e alerta: ‘indígenas e ribeirinhos são os mais prejudicados’

O ex-vereador de Jordão, Roberto Rodrigues, disse que a situação financeira no município é delicada. Segundo ele, não há dinheiro em espécie circulando na cidade desde o fechamento da única lotérica que existia.

Em conversa com jornalismo do Notícias da Hora nesta quinta-feira (16), Roberto Rodrigues, afirmou que o problema afeta diretamente o comércio local e, principalmente, os ribeirinhos, pequenos agricultores e os povos indígenas, além de aposentados que precisam sacar benefícios, por exemplo, ou até mesmo vender seus produtos na feira livre.

“Não tem dinheiro em espécie circulando porque nós não temos banco. Nós tínhamos uma casa lotérica aqui e essa casa lotérica fechou e há muito tempo não tem dinheiro circulando no Jordão e a situação é cada vez mais complicada para todo mundo: para quem vem da zona rural, que não tem maquininha, que não usa PIX, para vender a sua produção, nada disso tem. Os povos indígenas estão fazendo procuração para mandar para Tarauacá. Não estão recebendo quase nada. Para a zona rural é aquela situação difícil. O povo da zona rural não trabalha com PIX, com maquininha. Acabei de conversar com uma produtora rural e ela está aqui sem saber o que fazer para vender a farinha e a goma que ela trouxe”, disse Rodrigues.

Ainda de acordo com o ex-vereador, a administração do prefeito Naudo Ribeiro (PDT) tem se movimentado pouco para resolver o problema junto às instituições financeiras.

“Na gestão do Élson Farias, aqui tinha muito dinheiro. O Élson era um prefeito que se preocupava muito com essa situação. Então, no Jordão as pessoas tinham dinheiro. O dinheiro circulava na cidade. Hoje, meu irmão, eu ando muito e fico ouvindo os comerciantes. Muita reclamação dos produtores rurais, quem recebe benefício como o Bolsa Família. Está uma situação muito difícil para estas pessoas. O cara faz uma procuração aqui, é R$ 50 no cartório, e ainda tem que pagar os serviços de quem vai no banco em Tarauacá para poder ter um dinheiro. Eu vejo o sofrimento dos indígenas”, disse.

E acrescentou: “o pior disso é que não vemos interesse algum das autoridades para resolver isso, as autoridades do município, aliás, do próprio prefeito que tem o poder de resolver a situação. A gente não ver nenhum esforço, nenhuma manifestação dele. É muito difícil a gente querer trabalhar aqui para ter o ganha pão e não ter como, porque tem uma gestão que não se preocupa com a situação financeira”.