Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística) hoje (3/12) apontam que mais de 30,1% dos acreanos têm rendimento familiar per capita de R$ 704,00. Outros 16% vivem com R$ 353,00. Já, 7% tem renda familiar per capita de R$ 218,00, por mês.
Em um comparativo com 2023, o estudo mostra que houve uma redução da pobreza e da extrema pobreza no Acre. Naquele ano, 13,1% dos acreanos tinham renda per capita familiar de R$ 218, por mês. Já, com relação à pobreza, o percentual per capita era de 24,1% recebendo R$ 353,00 por mês, per capita.
As informações fazem parte do estudo ‘Síntese dos Indicadores Sociais sobre Padrão de Vida e Distribuição de Rendimentos’.
Dados do Brasil
Em 2022, no Brasil, o rendimento dos 20% da população com os maiores rendimentos era cerca de 11 vezes o rendimento dos 20% com os menores rendimentos. Entre os quarenta países selecionados pela OCDE para esta comparação, o Brasil tem a segunda maior desigualdade de rendimento, ficando atrás apenas da Costa Rica (12,3 vezes) e superando Chile (10,1 vezes) e México (7,8 vezes), além de Portugal e Espanha (5,5 vezes, ambos), Itália (5,4 vezes) França (4,5 vezes) e Suécia (4,3 vezes), mais próximos da média da OCDE (5,3 vezes).
Brasil tem a maior proporção de trabalhadores pobres na comparação da OCDE
A Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) considera pobres aqueles trabalhadores que vivem em domicílios cujo responsável está em idade de trabalhar e onde há pelo menos um membro ocupado, estando a renda domiciliar per capita deste domicílio abaixo de uma linha específica de pobreza (50% da mediana da renda).
Dos 40 países analisados, o Brasil apresentou a maior proporção de trabalhadores pobres (16,7%), seguido por Costa Rica (15,1%) e México (14,2%). Países como Estados Unidos (12,4%), Chile (12,9%), Espanha (11,5%), Japão (10,4%), Itália (9,3%) e Canadá (9,6%) também apresentaram proporção superior à média da OCDE (8,2%). Por outro lado, República Checa (3,6%), Bélgica (4,0%) e Irlanda (4,4%), apareceram com as menores proporções de trabalhadores pobres.
País tem 12 milhões de trabalhadores na pobreza
A metodologia do Banco Mundial considera como trabalhadores extremamente pobres e pobres aquelas pessoas ocupadas, mas que vivem em domicílios com rendimento domiciliar per capita abaixo das medidas monetárias de, respectivamente, US$ 2,15 e US$ 6,85 PPC de 2017.
