Secretário de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Rafael Osorio, detalha as inovações do sistema recém implementado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Desde março deste ano, um novo Cadastro Único está em operação. Mais tecnológico, o sistema tem facilitado o trabalho dos mais de 40 mil operadores de quase 10 mil postos de cadastramento em todo o Brasil. O secretário de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único, Rafael Osorio, é taxativo: o novo CadÚnico desburocratiza a relação do cidadão com o Estado. Em entrevista ao Fala MDS desta quinta-feira (17.03), ele apontou outras melhorias advindas com a reformulação.
“A nossa preocupação é que a população, de preferência, nem perceba que houve uma mudança, a não ser, na melhoria do atendimento. Já o entrevistador do Cadastro Único, ele está notando uma grande diferença, porque ele tem o sistema melhor para trabalhar”, resumiu.
O secretário explicou que o sistema atual exige um tempo menor de entrevista e diminuiu a necessidade de atualização por parte dos inscritos, por conta da interoperabilidade das bases de dados do Governo Federal, que antes, não estavam conectadas ao sistema do Cadastro Único.
“O governo tem informações sobre as pessoas. Então, por exemplo, se o cidadão consegue um emprego novo formal, seu empregador tem obrigações trabalhistas, previdenciárias, ele tem um sistema que ele usa para fazer o registro e o pagamento dessas obrigações. Então, eu não preciso perguntar para o cidadão se ele conseguiu um emprego formal. A gente já sabe disso”, destacou o secretário.
Outro avanço do novo CadÚnico envolve a capacitação dos operadores do sistema, que trabalham na ponta, diretamente com os usuários. “A gente precisa estar treinando essas pessoas constantemente. Antigamente, tinha que mobilizar o estado, treinadores, trazer as pessoas, fazer toda uma logística para criar cursos nos territórios. Agora, o operador entra no próprio sistema para fazer o curso, no tempo dele, e pega o certificado”.
A gradual extinção do formulário de papel, já que o novo sistema também permite o modo de preenchimento offline, o que facilita a busca ativa nos territórios, o mapeamento, com a filtragem dos perfis socioeconômicos de cada localidade do país, com a possibilidade de gerar relatórios para que os gestores públicos possam direcionar ações e até criar novos programas, também são temas abordados neste episódio do Fala MDS.