Aprovado em julho na Comissão de seguridade da Câmara dos deputados, o piso dos farmacêuticos de R$ 6,5 mil teve votação anulada ontem por Arthur Lira, presidente de casa
A farmacêutica Isabela Sobrinho, que é representante acreana da categoria em Brasília, como conselheira federal, declarou nesta sexta-feira 11, que o Conselho Federal de Farmácias (CFF) já se mobiliza para tentar reverter a derrubada da aprovação do piso nacional dos farmacêuticos que foi aprovado em julho último na Comissão de Seguridade Social e Família, da PL 1559/21, que estabelece o piso no valor de R$ 6.500,00 mais um adicional de 10% para o profissional que exerça a função de responsável técnico.
Arthur Lira (PP-AL), deputado presidente da Câmara dos deputados, acatou pedido do deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), sob alegação de que “não houve o intervalo de duas sessões do Plenário entre o pedido de vista na comissão, feito no dia 6 de julho, e a votação do projeto ocorrida no dia 12 do mesmo mês. Uma das sessões do intervalo de tempo ocorreu na quinta-feira (7 de julho), mas a segunda sessão (terça-feira, dia 12 de julho) foi suspensa e encerrada somente ao fim da manhã do dia seguinte (às 11h26 do dia 13), enquanto a votação na comissão ocorreu às 10h34 do mesmo dia, portanto antes do fim da sessão do Plenário, segundo informa a Agência Câmara de Notícias.
De acordo com Isabela, o CFF vai emitir nota oficial nos próximos dias de como será a mobilização dos profissionais.
O texto agora anulado pelo o presidente da casa, que é do mesmo partido do governador Gladson Cameli - o Progressistas - é um substitutivo apresentado pelo relator, deputado reeleito Ricardo Silva (PSD-SP), ao PL 1559/21, do deputado André Abdon (PP-AP), e aos apensados (PLs 2028/21, 3502/21 e 799/22), que tratam do mesmo assunto. Apesar da eleição do presidente de centro-esquerda, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o parlamento terá nova legislatura a partir de fevereiro de 2023 majoritariamente de direita e com forte apelo à extrema-direita, cujo espectro ideólogico é refratário ao aumento de gastos para o emprensariado, algo pode deixar a PL nas gavetas do parlamento federal pelos os próximos 4 anos, uma vez que os parlamentes que defendem bandeiras trabalihstas serão minoritários.
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