Os empresários do Acre esperavam que o governo anunciasse nesta segunda-feira (22) a reabertura do comércio local e o retorno das chamadas atividades não essenciais, porém não foi o que aconteceu. O decreto que fala em um pacto do Acre sem covid e transfere parte das responsabilidades para as prefeituras foi, na verdade, segundo o presidente da Associação Comercial do Acre, Celestino Bento, "uma decepção".
"Chega no momento de decisão, ele (governador) simplesmente transfere a responsabilidade. Lavou as mãos, na verdade. Tranferir as responsabilidades para os prefeitos acaba sendo até injusto", diz.
Celestino não gostou quando o governador afirmou que há demagogia no debate sobre o retorno das atividades, já que parte do comércio proibido está aberto.
"Vi o governador falando que a maioria está aberto. Realmente. É a lei da sobrevivência. Se é demagogia buscar meio de sobrevivência somos demagogos sim. Se é demagogia nós querermos que o comércio reabra como recomenda a OMS então somos demagogos sim. Se é demagogia querer gerar emprego num Estado tão carente então somos demagogos sim. Desde o começo eu venho dizendo que dar pra salvar vidas, salvar empresas e salvar empregos."
O Pacto Acre Sem Covid, que estabelece
medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia do novo coronavírus, foi publicado na noite desta segunda-feira (22).
O novo decreto confere mais responsabilidade às prefeituras e prevê, em caso de iminente colapso da Saúde pública em função do número de contaminados, medidas de isolamento mais severo incluindo o confinamento total (lockdown).
O decreto estabelece níveis de classificação de risco divididos nas cores vermelha, laranja, amarela e verde. Cada cor representa, respectivamente, um nível de perigo.
A cada sete dias será feita uma nova avaliação pelo governo nos indicadores existentes e as prefeituras poderão dar a autorização para as reaberturas conforme a classificação.