O novo diretor-geral de Polícia Civil, delegado José Henrique Maciel, informou na tarde desta quarta-feira (13), dia em que foi nomeado para o cargo no lugar de seu colega, o delegado Josemar Portes, que deve promover algumas mudanças no órgão, porém sem perseguir ninguém.
“É normal que haja mudanças, assim como ocorreu quando eu saí. Mas não quero antecipar. Não são mudanças para perseguir ninguém. Não há isso. São mudanças naturais, normais. Mas nada de perseguição”, afirma Marciel.
Henrique Maciel não diz, porém algumas dessas mudanças vão acontecer na Decor, a Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção, segundo fontes do Notícias da Hora. Os delegados Pedro Henrique Resende, que comanda o setor; Karlesso Nespoli, indicado recentemente para essa delegacia; e Rodrigo Noll, de Combate a Crimes Tributários, que tiveram seus nomes veiculados em uma reportagem da TV Gazeta por suposto envolvimento em desvio de verba pública, devem ser substituídos.
Fabrizzio Leonard da Silva Sobreira, atual corregedor da Polícia Civil, não vai continuar no setor.
As mudanças internas são motivadas não só pelas denúncias contra os delegados, mas pelos últimos posicionamentos da associação da categoria.
A nota da entidade emitida semana passada citando que “as notícias sobre suposta investigação foram curiosamente veiculadas justamente após o embate tido com o governo durante campanha salarial” não agradou o Palácio Rio Branco.
Por outro lado há quem diga, sobretudo entre delegados, que as mudanças na Decor vão ocorrer por pressões políticas por causa de operações anticorrupção que atingiram empresários, advogados e políticos.