O racha entre o grupo do ministro Paulo Guedes e o de Bittar vem se arrastando desde que Bittar propôs a criação de um auxílio emergencial com cara de programa de governo e não apenas temporário, o Renda Cidadã.
O senador Marcio Bittar (MDB/AC), relator do Orçamento da União a ser executado este ano, disse em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), que diferente do que se coloca, ele aumentou em R$ 10 bilhões os repasses para a Saúde e R$ 2 bilhões para a Educação.
Ainda no comunicado feito ao presidente, Bittar reforça que R$ 10 bilhões que são provenientes de recursos obrigatórios, como o seguro-desemprego e outros benefícios sociais e que foram remanejados para emendas do relator, serão cancelados e voltarão a atender as especificações orçamentárias de origem, ou seja, os recursos obrigatórios.
Marcio Bittar revela na carta uma operação coordenada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para fritá-lo. O texto é bem claro e Marcio Bittar vem evidenciando um racha entre o grupo dele e o grupo de Paulo Guedes. Ambos são ligados ao presidente Jair Bolsonaro. Na carta, Bittar diz: “devo salientar que as referidas programações que serão canceladas referem-se às solicitadas pelo próprio Executivo, alocadas nas áreas de infraestrutura, de desenvolvimento regional, de cidadania, de justiça, de agricultura, de turismo e de ciência e tecnologia”.