Durante encontro com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na Comissão Agricultura, Pecuária e Abastecimento nesta terça-feira (21), o deputado federal Gerlen Diniz (PP/AC) revelou a situação de dezenas de produtores rurais que residem no sul do Amazonas, em Boca do Acre, no projeto Extrativista Antimary, com acesso por Sena Madureira, no Acre.
Ele pontuou que quando foi criado pelo Incra há 36 anos, o perfil dos assentados era de extrativistas, mas isso mudou. Hoje, as terras são ocupadas por pequenos pecuaristas e agricultores familiares. Porém, os órgãos ambientais embargaram a venda de bovinos dessas áreas. Ele solicitou a ministra que reveja esta situação.
Gerlen Diniz também pediu celeridade na liberação de licenças para que programas como o Luz Para Todos possam ser executados dentro de reservas extrativistas e indígenas.
“Nas reservas extrativistas do meu estado do Acre, há pessoas que a rede elétrica passa na frente das suas casas. A fiação está ligada das suas casas à rede elétrica, os eletrodomésticos estão comprados, porém não tem a autorização para ligar a energia elétrica nestas casas simplesmente porque estão numa reserva ambiental. Então, isso para mim é o cúmulo do absurdo. Temos que nos preocupar com os problemas macros? Sim, com certeza. Mas temos que se preocupar também com as pessoas que estão residindo lá na floresta amazônica”, disse Gerlen a Marina Silva e deputados presentes na Comissão.
Diniz também citou o caso da Aldeia São Paulino, em que o posteamento está pronto, mas não há autorização para instalação da rede elétrica por ser uma área indígena. “É o tipo de coisa que infelizmente está acontecendo, que não pode acontecer”.