O deputado federal Gerlen Diniz (PP/AC) comentou a respeito do PL 1904/2024, que equipara o aborto a homicídio. Ele disse, neste domingo (16) que a matéria não tem data para ser votada na Câmara dos Deputados. Diniz destacou que cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pautar ou não a matéria. O parlamentar assegurou que nada foi votado ainda, nem mesmo o regime de urgência.
“Pessoal, hoje venho tratar a respeito do PL 1904. ‘Como votou o deputado Gerlen Diniz neste PL?’. Votei da mesma forma que a deputada Meire e toda bancada federal acreana. Ou seja, não votamos. Não houve votação do PL. ‘Ah, votaram no regime de urgência’. Mentira! O regime de urgência foi aprovado de forma simbólica, ou seja, entre acordo de líderes”, explicou.
Ao falar a respeito de um possível voto, se pautado por Arthur Lira, Diniz enfatizou: ‘Deputado, qual o seu posicionamento a respeito desse PL?’. Eu defendo a vida. Ou seja, eu defendo que haja um limite temporal de 22 semanas. Ou seja, cinco meses para que a mulher que sofreu um abuso possa interromper a gestação. ‘Deputado, então na sua opinião uma mulher que engravida, vítima de abuso, ela é obrigada a ter o bebê e criar essa criança?’. Não estou dizendo isso. Estou dizendo que até os cinco meses ela pode interromper a gestação, na minha opinião. Após os cinco meses eu defendo a vida. Eu defendo que a criança nasça e se ela não quer criar a criança, dê para a adoção. Mas, defendo que a criança tenha o direito de nascer”.
Sobre equiparar o aborto ao crime de homicídio simples, Diniz foi claro: “Sou totalmente contrário. O meu voto é favorável apenas para estabelecer o limite temporal para que uma mulher, vítima de abuso, possa interromper a gestação. Eu defendo a vida”. E acrescentou: “Deputado, quando esse projeto será votado? Não tem prazo. Quem define é o presidente da Câmara dos Deputados. Pessoal, espero ter esclarecido o nosso posicionamento, porque nós trabalhamos dessa forma, com transparência. Nós não enganamos ninguém. Você que votou em mim tem o direito de saber como o deputado se posiciona”.