O governador Gladson Cameli (Progressistas) e mais 19 governadores assinaram uma carta em repúdio às declarações do presidente Jair Bolsonaro quanto à morte do miliciano Adriano da Nóbrega e também a respeito da redução do ICMS dos combustíveis.
O documento é direto. Sem meio termo, os governadores dizem que as recentes declarações de Bolsonaro, confrontando governadores, sem uma discussão ampla em torno do tema reforma tributária e ainda atribuindo às polícias da Bahia culpa em torno do caso Adriano da Nóbrega, “não contribuem para a evolução da democracia no Brasil”.
"Recentes declarações do Presidente da República Jair Bolsonaro confrontando Governadores, ora envolvendo a necessidade de reforma tributária, sem expressamente abordar o tema, mas apenas desafiando Governadores a reduzir impostos vitais para a sobrevivência dos Estados, ora se antecipando a investigações policiais para atribuir fatos graves às condutas das polícias e de seus Governadores, não contribuem para a evolução da democracia no Brasil”, diz a nota.
Em outro trecho, os governadores dizem que “é preciso observar os limites institucionais com a responsabilidade que nossos mandatos exigem. Equilíbrio, sensatez e diálogo para entendimentos na pauta de interesse do povo é o que a sociedade espera de nós”.
E pedem união: “trabalhando unidos conseguiremos contribuir para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, pela redução da desigualdade social e pela busca por prosperidade econômica. Juntos podemos atuar pelo bem do Brasil e dos brasileiros. Nesse sentido, convidamos o Senhor Presidente da República para o próximo Fórum Nacional dos Governadores, a ser realizado em 14 de abril do ano em curso”.