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POLÍTICA

Gladson Cameli vai exonerar secretários que não se alinharam com sua gestão

Semana pode ser movimentada no Palácio Rio Branco com mudanças no staff governamental. Segundo o que o Notícias da Hora apurou, a exoneração do porta-voz Rogério Venceslau pode ser apenas uma de várias que acontecerão nos próximos dias. O governador carregou a tinta da caneta e quem não se alinhou à gestão vai ser convidado a pular fora do barco.

O governador Gladson Cameli não deve esperar os primeiros 120 dias de sua gestão para decidir com base em resultados, quem permanece em seu governo. A exoneração do porta-voz Rogério Venceslau pode ser apenas a a primeira de muitas que podem acontecer a partir de segunda-feira (18). Confinado, desde a última quinta-feira (14), se recuperando de uma pneumonia, o governador Gladson Cameli tem feito profundas reflexões sobre os rumos de sua gestão.

Quando estava em Brasília, semana passada, o deputado estadual Fagner Calegário (PV) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para questionar quem realmente governa o Estado.

O recado dado pelo parlamentar do bloco independente na Aleac tem endereço certo: o Grupo Permanente de Planejamento Estratégico (GPPE) formado pelo chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, o controlador-geral Oscar Abrantes e os secretários Raphael Bastos (Planejamento) e Semirames Plácido (Fazenda).

Para Calegário, a mudança feita no artigo 9º da reforma administrativa aprovada pela legislatura passada fere a Constituição. O parlamentar colocou na conta do GPPE o travamento do Estado.

“Eles é quem decidem tudo e não o governador. O Estado travou por conta da burocracia desse grupo que é inconstitucional” disse o líder do PV.

Mas não é apenas a situação do GPPE que precisa ser revista em uma suposta reforma da reforma. A situação do Instituto Dom Moacir (IDM) já foi alvo de denúncia pelo deputado Daniel Zen. O deslocamento do IDM para Secretaria de Estado de Educação cerca de 400 bolsistas do Pronatec/Mediotec estão sem receber salários desde dezembro.
Na reforma, o CNPJ do IDM foi para o Instituto de Assistência e Inclusão Social (IAS). Sem a mesma finalidade do IDM, técnicos da Procuradoria Geral do Estado estudam uma saída para resolver o impasse. Nenhuma medida chegou a ser anunciada até este domingo.

Outro assunto que vem preocupando Cameli é sobre a pegada de carbono. Ao passo de virar manchete internacional por não retomar as estratégias ambientais, semana passada, o governo do Acre passou a sofrer pressões externas de organismos que financiam a política de baixa emissão de carbono. Em pauta, o status atual do Instituto de Mudanças Climáticas, o IMC e os financiamentos previstos para programas importantes ligados a mais de 30 mil produtores.

Com relação as providências necessárias sobre o GPPE, IDM e IMC, a Casa Civil mantém segredo nas decisões. Em declaração à imprensa, Ribamar Trindade afirmou não existir nenhum projeto em vias de ser enviado à Assembleia.

Segundo o que o Notícias da Hora apurou tanta burocracia tem irritado o governador Gladson Cameli. Com perfil imediatista, o chefe do Palácio Rio Branco quer soluções mais rápidas para os setores essenciais da sua gestão. Ele deve cobrar mais agilidade dos secretários em ações que visem impulsionar a economia.

Cameli deve participar cedo da aula inaugural que marca o início do ano letivo em todo o Estado que acontece na Escola Diogo Feijó, em Rio Branco. O corre, corre promete ser grande a partir deste ato no centro nervoso da gestão, a conhecida Casa Azul.