O Diário Oficial do Estado confirmou no mundo jurídico e administrativo aquilo que se passa no cenário político: a briga entre o vice governador Major Rocha (PSL) e o governador Gladson Cameli (PP). Nesta terça-feira (13), mais cinco indicados de Rocha foram demitidos. Todos lotados na Vice-Governadoria.
Deive Simão da Rocha, Robson Marreiros, Divoneide das Chagas de Moura Morais, Adeila Nery Martins e Gleydison Meireles.
Rocha voltou a atacar o governo. Disse que mais uma denúncia chegou até ele vindo da Secretaria de Estado de Educação (SEE). Segundo ele, mesmo denunciados pelo Ministério Público Estadual, Márcio Mourão, “ex-subsecretário, professor 30 horas Classe II, lotado no Gabinete do Secretário, ganhou até o mês passado R$ 12.829,06”.
O vice-governador destacou ainda que o servidor Javã Souza Costa “continua como Chefe de Departamento e ganhou até o mês passado R$ 10.500,00”.
“Restam os questionamentos: Quem está protegendo os servidores denunciados? Quem eles podem estar protegendo? Quem é o figurão (ou figurões) do governo que segurou a gratificação e o cargo de chefia dos servidores denunciados pelo Ministério Público? Será que a Controladoria Geral do Estado, aquela que não teve competência para evitar as supostas fraudes, vai conseguir auditar de forma isenta?”, questiona o vice-governador.
Após a operação que investiga fraude de licitação da Secretaria de Educação, o governador Gladson Cameli autorizou uma minusiosa auditoria nos contratos da past. Ele reiterou várias vezes que é contra qualquer ato de corrupção cometido por servidores públicos e é favorável as investigações das denúncias apresentadas nas pastas de sua gestão.
Quanto aos ataques do vice-governador, Gladson Cameli tem evitado respostas públicas nas redes sociais e em veículos de comunicação que noticiam os fatos narrados por Major Rocha, que apesar de apresentar denúncias contra o governo ainda não sinalizou com a possibilidade de renunciar o cargo, abrir mão dos salário e deixar a gestão que acusa de corrupção.