Em um novo pronunciamento oficial o governador Gladson Cameli fez um balanço das ações do Estado nos 90 dias de enfrentamento à Covid-19, como a concessão de auxílio a servidores, inauguração de dois hospitais de campanha com 200 novos leitos, doação do próprio salário e entrega de cestas básicas, porém acrescentou que o governo passou a dividir suas responsabilidades com as prefeituras do Acre.
O governador voltou a dizer, conforme prevê o decreto estadual publicado nesta segunda-feira (22), que lançou o Pacto Acre sem Covid, que caberá às prefeituras a responsabilidade pelo retorno das atividades não essenciais.
"O governo faz muito, mas não pode tudo. Por isso chegamos em uma nova fase em que o governo do Estado precisa dividir a responsabilidade com as autoridades da saúde e os prefeitos de cada cidade. Cabe a cada prefeito decidir o que abre ou fecha de acordo com os índices de sua cidade. Nessa nova fase, a decisão sobre a abertura e funcionamento das cidades caberá a cada prefeito."
Pacto Acre sem Covid
O novo decreto prevê, em caso de iminente colapso da Saúde pública em função do número de contaminados, medidas de isolamento mais severo incluindo o confinamento total (lockdown).
O decreto estabelece níveis de classificação de risco divididos nas cores vermelha, laranja, amarela e verde. Cada cor representa, respectivamente, um nível de perigo.
A cada sete dias será feita uma nova avaliação pelo governo nos indicadores existentes e as prefeituras poderão dar a autorização para as reaberturas conforme a classificação.
Acisa protestou contra o governo
Os empresários do Acre esperavam que o governo anunciasse a reabertura do comércio local e o retorno das chamadas atividades não essenciais, porém não foi o que aconteceu. O decreto que fala em um pacto do Acre sem Covid e transfere parte das responsabilidades para as prefeituras foi, na verdade, segundo o presidente da Associação Comercial do Acre, Celestino Bento, "uma decepção".
"Chega no momento de decisão, ele (governador) simplesmente transfere a responsabilidade. Lavou as mãos, na verdade. Transferir as responsabilidades para os prefeitos acaba sendo até injusto", diz.