O sargento Joelson Dias, da Polícia Militar do Acre, disse que foi pego de surpresa com sua exoneração do cargo de diretor da Secretaria de Segurança Pública na manhã desta sexta-feira (3). O desligamento dele foi publicado no Diário Oficial do Estado. "Recebi várias mensagens de colegas da PM logo cedo", contou.
Joelson Dias é ligado ao vice-governador Major Rocha, que diz não ter sido avisado previamente.
"Não anteciparam nada. Não sei se a decisão foi do governador. Não me ligaram. Acho que vão avisar. Não sei o que aconteceu", disse Major Rocha.
Há nos bastidores a informação de que houve retaliação. O desligamento do sargento ocorre no momento em que há uma certa tensão política envolvendo o governador Gladson Cameli, Major Rocha e seus partidos, o PP e o PSDB.
Ao Notícias da Hora, sem evidenciar qualquer mágoa,
Joelson Dias afirmou que voltará a trabalhar na PM e que estará à disposição do Estado e do governador Gladson Cameli. Ele citou o momento que o Estado enfrenta no combate ao coronavírus.
Joelson não acredita que tenha sido vítima de retaliação política. "Sempre fui muito mais técnico. Deixo essa questão política para o Gladson, para o Major Rocha, para o Ribamar."
"Agradeço o período que eu fiquei e vou servir o Estado na Polícia Militar. Desejo sucesso ao governador. Estamos passando por um momento difícil por conta da Covid-19. Esse é um momento que precisamos ajudar. Saio sem rusga, sem mágoa, sem qualquer crítica. Agradeço o tempo que a gente ficou. E eu não acredito que tem a ver com política, pois meu cargo é estritamente técnico. O Gladson está precisando desse apoio. Ele vai ter uma árdua missão nesse momento. Desejo sucesso ao governador nessa empreitada contra o coronavírus e estarei à disposição."
O sargento Abrahão Púpio, do Corpo de Bombeiros, que ocupava o cargo de chefe de departamento na Secretaria de Segurança e auxiliava Joelson Dias, também foi exonerado.