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POLÍTICA

Gladson ofereceu prédio da Biblioteca da Floresta à Câmara de Vereadores e presidente da FEM diz que não foi avisado

Fechada há mais de dois meses, a Biblioteca da Floresta, no Parque da Maternidade, em Rio Branco, foi oferecida pelo governador Gladson Cameli à Câmara de Vereadores para servir de sede provisória ao parlamento municipal enquanto a atual direção da Casa trabalha e media parcerias para a construção de sua sede própria, uma das metas da atual Mesa Diretora.

O presidente da Câmara, vereador Antônio Morais (PT) ainda avalia se irá ou não transferir a sede do Legislativo para o espaço que pertence ao Estado e é coordenado pela Fundação Elias Mansour.

Do ponto de vista financeiro seria um ganho enorme para o parlamento, que economizaria, segundo cálculos da Casa, cerca de R$ 2, 4 milhões nos próximos dois anos.

Atualmente, a Câmara paga alto, algo em torno de R$ 55 mil, pelo aluguel do prédio sede do Poder Legislativo Municipal, na rua 24 de Janeiro, 2º Distrito de Rio Branco, além de serviços de manutenção predial.

"Ainda não é nada certo, mas seria uma possibilidade, já que a atual Mesa Diretora quer reduzir gastos para investir na construção de sua sede. Houve apenas tratativa. O governador colocou o prédio à disposição, mas não foi nada efetivado", informou a assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores ao Notícias da Hora.

A intenção do governador de ceder a biblioteca ao Legislativo, embora o próprio parlamento não tenha decidido se irá aceitar, pode gerar uma nova polêmica com ativistas do setor cultural a exemplo do que ocorreu com o Museu da Gente Acreana, antigo Colégio Meta, que será usado como sede de secretarias estaduais e terá espaço reservado para aluguel de restaurantes.

Diretor da FEM não foi avisado

Alheio à intenção do governador Gladson Cameli, o diretor da Fundação Elias Mansour, Manoel Pedro de Oliveira Gomes, o “ Correinha”, ao ser preocupado via telefone pela reportagem do Notícias da Hora, disse que no fim do ano passado a Biblioteca da Floresta vinha funcionando com estrutura física precária e o atendimento e serviços internos eram prestados por estagiários e antigos detentores de cargos em comissão que foram exonerados pelo governo anterior.

Perguntado sobre a intenção de Gladson em ceder o prédio à Câmara, Correinha afirmou que não foi avisado. Por essa razão, por desconhecer a intenção do governador, o diretor da FEM incluiu o local em um cronograma de reformas que, segundo ele, deve ocorrer em no máximo dois meses para que o espaço volte a funcionar como biblioteca e local de visitação. Há no prédio, atualmente, infiltrações e goteiras e problemas nas instalações elétricas.

O diretor da FEM acha que há outros espaços do Estado mais adequados e maiores que abrigrariam a estrutura da Câmara Municipal de Rio Branco.