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POLÍTICA

Governadores da Amazônia Ocidental se reúnem com ministros em Manaus para discutir combate às queimadas

Governadores da Amazônia Ocidental se reúnem com ministros em Manaus para discutir combate às queimadas

Governadores do Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia estão reunidos em Manaus com os ministros da Casa Civil da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, do Meio Ambiente, Ricardo Sales, e da Defesa, general do Exército Fernando Azevedo e Silva.

O encontro é um desdobramento da reunião realizada em Brasília entre o presidente Jair Bolsonaro com os representantes dos estados da Amazônia e ocorre na sede do governo do Amazonas, nesta terça-feira, 3.

O governador Gladson Cameli participa da reunião que tem o objetivo de discutir medidas de combate a queimadas e propostas para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

“Quero fazer um relato: no Acre as Forças Armadas fazem um trabalho de excelência que nos passa segurança, e dizer que não somos somente acreanos e sim brasileiros, e que o olhar para a Amazônia precisa ser diferenciado. Temos, na região amazônica, mais de 23 milhões de pessoas querendo uma oportunidade. O governo federal é muito atencioso com o nosso estado”, enfatizou Gladson Cameli.

Também presente no evento, o governador de Rondônia, Marcos Rocha, falou da importância do esforço conjunto dos governadores em prol da proteção do meio ambiente. “Tenho muito orgulho de ser brasileiro. Fico feliz em ver o braço estendido do governo federal apoiando os estados da Amazônia contra queimadas e incêndios. Esse trabalho precisa ser anualmente”, reforçou.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, destacou a importância da presença da comitiva interministerial para a elaboração de um conjunto de ações entre os governos dos estados que compõem a Amazônia Legal e o governo federal.

“Estamos unidos para que possamos enfrentar as dificuldades e para que tenhamos o controle do foco de calor e das queimadas, objetivando também a proteção do meio ambiente e a produção consciente. Estamos com representantes de 10 ministérios, o que demonstra a preocupação do Governo Federal com a temática. Vamos recolher as demandas dos governadores”, destacou.

Durante o encontro, os representantes do governo federal apresentaram as medidas determinadas pela Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) e disseram que houve redução nos focos de incêndio desde o início da operação, no último sábado, 24, destacando que as queimadas na região são um problema recorrente nesta época do ano devido à seca.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, destacou o fato do Brasil manter 84% da sua reserva florestal preservada, e também falou da necessidade do avanço na agenda da bioeconomia. “Nosso papel é apontar na prática é que e fazer direito, como é na prática o desenvolvimento sustentável”.

ENCONTRO 02

Dados das queimadas na Amazônia

De 1º de janeiro a 1º de setembro de 2019, na Amazônia Legal, foram registrados 65.518 focos de queimadas segundo o Satélite de Referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dos quais 25,9 % no Mato Grosso (15.948), 19,2 % no Pará (12.557) e 13,2 % no Amazonas (8.654).

O Acre ocupou o 8° lugar, com 3.753 focos de queimadas, representando 5,7 % dos focos de queimadas acumulados na Amazônia Legal. Nesse período, os municípios acreanos que apresentaram o maior número de focos acumulados foram: Feijó, Tarauacá, Sena Madureira, Rio Branco e Manoel Urbano.

O Governo do Estado decretou Situação de Emergência por Queimadas e Incêndios Florestais no dia 22 de agosto. O Decreto leva em consideração, entre outros aspectos, a escassez de chuvas e a baixa umidade relativa do ar, fatos que aumentam os riscos de incêndios florestais e queimadas urbanas.

A determinação do governador é de continuar com o trabalho de combate às queimadas e incêndios florestais. Cabe à Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA) definir as necessidades do Estado para enfrentar o período seco.

O Governo do Acre conta com a parceria do governo federal no reforço das ações de combate e controle das queimadas e incêndios florestais.

Depois do decreto autorizando o uso da GLOA tiveram início algumas ações com o apoio do Exército Brasileiro culminando em uma capacitação realizada pelos técnicos do Corpo de Bombeiros para agentes públicos das Polícias Militar e Civil e Exército Brasileiro, totalizando 750 homens para atuarem nos combates a incêndios no Acre.