"Governador se livre dos porco-espinhos que estão prejudicando seu governo", diz Antonia Sales em desabafo na Aleac
A sessão desta terça-feira, 7, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) foi totalmente atípica, pelo menos daquelas sessões em que o povo está acostumado a acompanhar semanalmente, o governo de Gladson Cameli apanhou e apanhou feio.
Nada de anormal se as “pancadas” não tivesse sido desferidas pela própria base de sustentação do governo na Casa do Povo. A coisa foi tão feia que o deputado Roberto Duarte (MDB), crítico ávido das trapalhadas governamentais comentou nos corredores da Aleac que “não teria mais o que falar”.
“Acho que vou cuidar da minha agenda de reuniões, a base (do governo) não deixou um tema sequer para eu comentar, não tenho o que falar mais”, disse em tom irônico.
Da má conservação da estrada que liga a cidade de Tarauacá ao aeroporto do município à dança das cadeiras do secretariado de Cameli, todos os temas foram explorados pela base. Enquanto isso, o novo líder do governo no parlamento estadual, Luis Tchê (PDT) permaneceu calado.
A expectativa dos jornalistas políticos que realizam a cobertura da sessão na Aleac era de que Tchê fizesse sua primeira defesa do governo de Gladson Cameli após ser oficialmente declarado líder na Casa, mas o novo líder permaneceu calado vendo a “peia comer no centro”.
Enquanto isso, Gehlen Diniz (PP), ex-lider do governo, que antes andava pelos corredores da Casa do Povo acabrunhado, com semblante sisudo e cabisbaixo, hoje estampava um largo sorriso no rosto, bem diferente de um mês atrás. Diniz permaneceu a todo o momento ladeado pelos deputados Whendy Lima (PSL), Neném Almeida (SD) e Chico Viga (PHS) que se uniram e criaram um bloco independente, o Bloco Unidos Pelo Acre – Bupac.
Pelo que tudo indica até a próxima semana, Gehlen Diniz e outros três parlamentares poderão aderir ao Bloco, é esperar esse novo bloco não tenha o mesmo fim do Partido Ecológico Nacional, o PEN que chegou a ter sete deputados estaduais na sua composição e precisou apenas de uma eleição para que todos fossem rifados e nenhum conseguiu a reeleição. Aguardemos os próximos capítulos dessa novela da política acreana.