As empresas estatais em fase de liquidação que foram usadas nas administrações petistas para acomodar dirigentes e filiados de partidos de sua base de apoio deverão manter a mesma finalidade no governo de políticos que fizeram oposição à Frente Popular do Acre e criticavam a prática.
Um verdadeiro trem da alegria. Assim pode ser definido o volume de cargos criados para acomodar aliados do governo progressista em empresas já em fase de liquidação. Acredata, Codisacre e Sanacre abrigam juntas mais de 50 cargos comissionados e 283 funções gratificadas distribuídas.
Na Companhia de Desenvolvimento Industrial do Acre (Codisacre), por exemplo, há CECs que variam de 1 a 7, o nível. Ou seja, remunerações que beiram os R$ 8 mil mensais. Acontece que a Companhia está em fase de liquidação, em outras palavras encerrando as atividades. São 76 servidores com funções gratificadas no total. CECs foram 17.
Caso semelhante o da Acredata que criou-se 11 funções gratificadas (FG1, FG2, FG3, FG4, FG5, FG6, FG7, FG8, FG9, FG10, FG11), que serão pagas a nada mais nada menos que 72 pessoas do quadro efetivo. Quanto às CECs, serão sete níveis (CEC-1, CEC-2, CEC-3, CEC-4, CEC-5, CEC-6, CEC-7) distribuídos em 12 cargos de confiança.
Ao analisar o quadro da Companhia de Saneamento do Estado do Acre (Sanacre), foram criadas 21 CECs entre CEC-1 a CEC-7. As funções gratificadas foram 135 na escala de FG1 a FG-11. Nos governos do PT foi criado o Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) que cumpre a mesma finalizada da Sanacre.
Os acionistas da Cageacre já definiram o quantitativo de cargos. O documento foi publicado no Diário Oficial e encaminhado à Casa Civil para análise e aprovação. A ata da reunião que definiu a quantidade de cargos que deverão ser criados nas empresas em liquidação foi publicada no Diário Oficial do 25 de abril.