O Governo do Acre declarou nesta terça-feira (30) situação de emergência nos municípios de Rio Branco e Feijó em decorrência de problemas ambientais. O Decreto assinado pelo governador Gladson Cameli reconhece a erosão fluvial progressiva como uma ameaça em ambas as regiões.
Em Rio Branco, a erosão nas margens do Rio Acre tem causado rupturas em calçadas e deslocamentos no calçadão, colocando em risco prédios históricos e construções adjacentes. Já em Feijó, o problema é mais grave, com desmoronamento de várias residências nas margens do Rio Envira, representando uma ameaça às construções vizinhas.
Além disso, o Decreto nº 11.525, publicado na mesma data, declara situação de emergência em todo o Estado do Acre devido à extrema seca e à iminente possibilidade de desabastecimento do sistema de água. A escassez de chuvas no primeiro semestre de 2024 resultou na redução significativa do nível dos rios acreanos, impactando o abastecimento hídrico, a agricultura e a pecuária.
Diversas comunidades já estão sendo abastecidas por carros-pipa, e há o risco de isolamento de municípios e aldeias indígenas devido à baixa navegabilidade dos rios. A situação também afeta o abastecimento de medicamentos e insumos nos hospitais e postos médicos, além de representar riscos de prejuízo pedagógico e insegurança alimentar para os estudantes da rede pública.
O governo estadual, por meio da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, está articulando ações de socorro e assistência às comunidades afetadas, além de autorizar despesas para a instalação e manutenção de abrigos e fornecimento de insumos. O decreto tem validade de 180 dias, com possibilidade de prorrogação caso a situação se agrave.