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POLÍTICA

Governo do Acre solicita reforço do Exército nas ações de combate ao coronavírus

Governo do Acre solicita reforço do Exército nas ações de combate ao coronavírus

O Governo do Acre adotou mais uma medida para mitigar os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Na sexta-feira, 20, o governador Gladson Cameli enviou ao comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro, general da Brigada Luciano Batista Lima, um ofício solicitando apoio a uma série de ações que estão sendo adotadas como forma de prevenir o alastramento da doença.

Diariamente, membros do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 se reúnem para avaliar e sugerir ações que serão colocadas em prática para conter a doença. Durante a reunião, foi constatada a necessidade de atuar em parceria com o Exército, para tanto, o Estado pede apoio para que seja instalada uma base móvel de saúde para atendimento dos migrantes que se encontram retidos e em quarentena em Assis Brasil.

Mais de 300 haitianos vindos de outros lugares do Brasil e que estavam tentando retornar ao seu país de origem foram barrados pela polícia peruana. Com isso, os migrantes estão alojados em uma escola em Assis Brasil recebendo mantimentos da prefeitura local e sendo atendidos pelo governo do Acre. Uma assistente social da Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres está no município fazendo os acompanhamentos e todos os levantamentos necessários, juntamente com a vigilância epidemiológica da Sesacre.

O Estado solicitou, também, apoio para a ampliação das ações de fiscalização sanitária que vêm sendo realizadas nos aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. Outra preocupação do governo é em relação à importância de fiscalizar o transporte de ribeirinhos na região do Juruá.

Em edição extra do Diário Oficial da União, o governo federal publicou no dia 19 de março a determinação do fechamento por 15 dias das fronteiras do Brasil com oito países: Peru, Bolívia, Argentina, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai e Suriname.

A restrição é de entrada no país por rodovias ou meios terrestres e não impede o tráfego do transporte rodoviário de cargas e de pessoas que moram em cidades fronteiriças.

O Governo do Acre mantém equipes do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron), do Corpo de Bombeiros na ponte de Brasileia, que liga a cidade ao Departamento de Pando, na Bolívia, e como forma de reforçar as ações solicitou o apoio ao Exército.

“Estamos realizando uma atividade de ocupação nas pontes para apoiar as demais ações de fiscalização e prevenção à doença”, destacou o secretário de Justiça e Segurança Pública, Paulo Cézar Santos.