A reunião entre os sindicatos da Saúde do Acre, o governador em exercício Major Rocha e membros da articulação institucional do Estado, na Casa Civil, nesta quarta-feira (11), foi o primeiro passo para um possível acordo entre os servidores e o governo.
Os sindicatos apresentaram algumas exigências como parte de uma agenda de reivindicações: pediram ao governo que emitisse uma nota de retratação à categoria pelo episódio ocorrido na terça-feira (10) na sede da Sesacre quando o secretário adjunto de Saúde, Coronel Jorge Rezende, em uma discussão usou a palavra vagabundos para se referir a alguns manifestantes; exigiram a demissão do coronel; e que a classe seja atendida em suas pautas: reformulações do plano de carreira e do Pró-Saúde, etapa alimentação e melhoria nas condições de trabalho.
O governador em exercício Major Rocha, por sua vez, agendou uma reunião para o dia 19 de setembro com a presença do governador Gladson Cameli, que no momento está em agenda internacional na Alemanha, para a construção de um calendário que tem por objetivo estabelecer um cronograma com as pautas dos servidores.
Nota do governo
Em nota emitida logo após a reunião, o governo confirmou que será definida a viabilidade de pagamento da etapa alimentação e a entrega de calendário de novos encontros para alinhamento do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR).
"As reuniões serão individuais para cada categoria e haverá uma tentativa de definição da situação do Pró-Saúde, com intenção de resolutividade até dezembro deste ano."
Na mesma nota, o governo diz que respeita o direito de greve dos trabalhadores da Saúde Pública do Acre e repudia qualquer constrangimento para representantes da classe e servidores.
O parecer do Sintesac
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre, Adailton Cruz, informou ao Notícias da Hora que o comando da greve vai se reunir com o movimento na manhã desta quinta-feira (12) para informar sobre o teor da reunião e as pautas futuras da classe. Ele confirmou que a paralisação está suspensa, mas disse que os sindicatos vão entrar com uma ação para tentar derrubar a decisão da desembargadora Denise Bonfim, do TJAC, que pôs fim à paralisação.
Adailton Cruz confirmou ainda que o pedido dos sindicatos pela exoneração do Coronel Jorge Rezende é uma das exigências da categoria no acordo com o governo.