O governo federal anunciou destinação de R$ 210 milhões ampliar o acesso à água, por meio da construção de cisternas, para promover a agricultura familiar na Amazônia.
Desse total, R$ 150 milhões do Fundo Amazônia para expandir o abastecimento de água em regiões beneficiadas pelo Programa Bolsa Verde e R$ 60 milhões para assistência técnica e extensão rural do Bolsa Verde.
A ministra Marina Silva, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida e a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, assinaram acordo de cooperação técnica
Os R$ 150 milhões do Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES em coordenação com o MMA, serão destinados a edital do MDS para projetos que implementem tecnologias sociais de acesso à água nos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia e Pará. O objetivo é a melhoria da qualidade de vida de famílias rurais de baixa renda.
Estima-se que os recursos beneficiem cerca de 4,6 mil famílias em 16 municípios da região contemplando àqueles que vivem em Reservas Extrativistas e Florestas Nacionais, além de comunidades remanescentes de quilombos e projetos de assentamentos agroextrativistas.
As organizações selecionadas coordenarão a implementação de tecnologias sociais de acesso à água por instituições previamente credenciadas no Programa Cisternas, do MDS. Os projetos permitirão que moradores de áreas atingidas captem e armazenem água da chuva, que será filtrada para consumo e usada para atividades produtivas sustentáveis.
A iniciativa integra acordo de cooperação técnica também assinado nesta segunda entre MMA, MDS, MDHC e BNDES, que prevê futuros editais para a implementação de projetos produtivos sustentáveis adequados às realidades locais. O objetivo é apoiar a inclusão produtiva a partir da agricultura familiar sustentável, com preservação ambiental e redução do desmatamento.
O Fundo Amazônia foi retomado em janeiro de 2023, após quatro anos de paralisação por decisão do governo anterior. Desde então, oito países anunciaram a intenção de doar ao Fundo Amazônia, totalizando R$ 3,9 bilhões, compromissos que refletem a confiança internacional na agenda de combate ao desmatamento no Brasil.