Os professores da Universidade Federal do Acre (Ufac) continuam em greve por tempo indeterminado. A categoria cruzou os braços desde abril em busca de melhores condições de trabalho e reajuste salarial. No entanto, o governo federal insiste em não repassar nenhum aumento em 2024.
Além do impasse com o Executivo, o corpo docente têm um novo problema, dessa vez com a reitoria! Uma reunião na quarta-feira, 12, não chegou ao fim. A reitora Guida Aquino, nervosa com a fala dos professores, suspendeu o encontro e foi embora.
A categoria exige que o orçamento da universidade seja disponibilizado e discutido com os educadores e os estudantes, além de explicações sobre os repasses e detalhes dos acordos e convênios que a Ufac faz.
Os professores também querem o cumprimento de alguns regimentos. Um deles é sobre as aulas presenciais. De acordo com a categoria, desde maio de 2022, a reitora assinou um documento exigindo o retorno das aulas às salas, mas, até hoje, muitos professores ainda estão ministrando as aulas online.
"Estamos querendo que a administração da universidade possa esclarecer para a comunidade quais foram os critérios que ela elencou para priorizar o orçamento, que é escasso, também quais serão as prioridades com essa nova recomposição, que é uma vitória da nossa greve. Queremos uma retratação da reitora, que seja marcado um novo encontro para que a pauta dos docentes seja repassada e analisada. Dependendo do que for acordado, podemos
estender ainda mais a greve. Estamos aqui prontos para negociar", desabafou o professor Moisés Silveira Lobão.