Cameli não teve nem mesmo o voto do líder, deputado Luís Tchê e do presidente, cunhado dele, deputado Nicolau Júnior
Por 20 votos favoráveis, os deputados estaduais derrubaram todos os 8 vetos impostos pelo governador Gladson Cameli (PP) a projetos de leis de autoria dos parlamentares e até mesmo matérias de autoria do Executivo como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Em uma derrota histórica, Gladson não teve nem mesmo o voto do líder, deputado Luís Tchê (PDT) e do presidente da Aleac, deputado Nicolau Júnior (PP).
Entre as matérias que tiveram o veto derrubado estão o projeto de lei de autoria do deputado Luiz Gonzaga (PSDB), que coíbe a ação de vândalos em escolas públicas. O projeto tinha recebido o veto integral de Cameli, mas foi derrubado hoje.
Outro projeto que também recebeu veto foi o PL de autoria do deputado Daniel Zen. Aliás foram três de Zen. O primeiro visava atendimento prioritário na OCA para pessoas com deficiência auditiva. O segundo tem como base tornar as milhas obtidas em passagens áreas com dinheiro público pelo poder Executivo, que sejam revestidas para atender atividades esportivas, de saúde, educação, cultural e artística.
A ideia é possibilitar que esses recursos volte para o povo acreano em benefícios para o coletivo. Já o terceiro regulamenta as atribuições consideradas de assessoramento pedagógico na rede pública de educação básica e o sistema estadual de educação do Acre.
O deputado Jenilson Leite (PSB) também teve uma matéria vetada. O PL dele prevê a prioridade para atendimento e emissão de laudos pelo IML. A ideia do projeto é conceder prioridade a mulheres vítimas de violência. Outra proposta dele que teve veto parcial pelo governo foi o PL que regulamenta o selo de qualidade do açaí.
Já o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) teve o projeto de lei que visa garantir aos servidores públicos a possibilidade de gozarem férias em períodos fracionados. Ou seja, até três períodos, não inferior que 10 dias. A matéria sofreu veto integral, mas também foi derrubada na tarde de hoje.
Até a LDO sofreu veto do governo. O governo tentou pregar uma peça nos deputados, mas não colou. Ele queria retirar do texto original a possibilidade de contrair empréstimos sem passar pelo clivo da Aleac.