O clima era de paz e amor. Deputados de oposição e sustentação do governo conversavam e debatiam com tranquilidade o projeto de lei que poderá garantir aos servidores públicos da segurança, saúde e Procon a quantia mensal de R$ 420, a título de gratificação emergência durante a pandemia da Covid-19.
Após aprovado nas sessões, o projeto iria para o plenário, contudo, minutos antes de ser retomada a sessão extraordinária, o presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, pediu pra suspender a sessão por 10 minutos para explicar um assunto extraordinário que acabara de chegar ao conhecimento dele.
O clima esquentou após Nicolau ficar sabendo que o governo quer retirar os funcionários do Pró-Saúde da proposta de lei. Como já foi aprovado nas comissões, seria necessário que algum deputado da base apresentasse emenda em plenário, de forma oral, para que o projeto sofresse nova alteração antes de uma aprovação final para seguir à sanção.
Segundo o deputado Edvaldo Magalhães, que integra o bloco de oposição ao governo, havia um acordo entre os deputados, o que, agora, foi quebrado por ordem do Palácio Rio Branco. Se não o foi, está em fase de quebra por parte dos deputados que integram a base de sustentação de Gladson Cameli.
“Nós conseguimos durante o dia todo fazer discussão sobre uma decisão que contemplou várias emendas, inclusive da oposição. Na hora em que ia para o Plenário, o líder do governo recebeu uma ligação pedindo que fosse retirado o Pró-Saúde da matéria. Aí não tem acordo!”, revelou o comunista.
Oficialmente, ainda nãos e sabe a que horas a sessão será retomada, contudo, nos bastidores, os parlamentares ouvidos pelo portal Notícias da Hora acreditam que a sessão extraordinária deve ser retomada por volta das 18 horas.