..::data e hora::.. 00:00:00
gif banner de site 2565x200px

POLÍTICA

Guerra silenciosa no PSB pode consolidar partido de Socorro Neri na base de Gladson 

Guerra silenciosa no PSB pode consolidar partido de Socorro Neri na base de Gladson 

A guerra silenciosa que vinha sendo travada dentro do Partido Socialista Brasileiro (PSB) - e revelada pelo Notícias da Hora essa semana - pode consolidar de uma vez por todas a ida da legenda da prefeita de Rio Branco, Socorro Neri, para a base de sustentação do governador Gladson Cameli (Progressistas). 
 
Dentro da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o PSB passou, oficialmente, a dar suporte ao governo na semana passada quando, junto com o PDT e PTB, formou bloco para garantir ainda mais força ao Palácio Rio Branco na sua relação com o Parlamento. 
 
O principal articulador para a transição foi o único deputado do PSB na Casa, Manoel Moraes, que em 2018 foi reeleito pela Frente Popular. Ele integrou a base de sustentação dos últimos governos petistas. 
 
A formação do bloco socialista-trabalhista foi visto como um duro golpe pela minoria da Aleac, liderada por PT e PCdoB. A junção das três legendas acabou por alterar a proporcionalidade das bancadas na Casa, fragilizando a atuação da oposição nas comissões, onde o grupo ainda tinha certo poder de fogo. 
 
Com o bloco formado pelo PSB, os oposicionistas deixam de ocupar duas cadeiras para ficar com apenas uma nas comissões. Petistas e comunistas se queixam de que Manoel Moraes não teve ao menos a delicadeza de lhes informar sobre sua decisão de integrar o governo dos progressistas. 
 
Quem também está em situação delicada é a prefeita Socorro Neri, já que governa com o apoio do PT e do PCdoB. Em 2016, foi eleita como vice na chapa de Marcus Alexandre (PT), que renunciou em abril de 2018 para concorrer ao governo. Com a derrota dos petistas, a prefeitura da capital passou a ser o principal bastião de resistência dos partidos mais à esquerda, incluindo o próprio PSB. 
 
A disputa interna pelo comando do PSB é essencial para definir  o futuro do partido. O grupo adversário de Moraes defende que a legenda peça o mandato do deputado na Justiça por infidelidade partidária ao ter feito a migração sem o aval da cúpula. Para evitar o pior, o deputado vai recorrer à executiva nacional para ficar com a presidência no Acre, o que evitaria uma possível briga no Judiciário, salvando sua cadeira na Aleac. 
 
Os aliados aos poucos vão pressionando Socorro Neri para que ela, como principal força política do partido no estado, assuma as rédeas e posicione o PSB: se de fato integrará a base do governo Gladson Cameli, ou se continuará com os velhos companheiros para, em 2020, manter a Prefeitura de Rio Branco sob o domínio da extinta Frente Popular do Acre.