O deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB), usou a tribuna da Aleac na manhã desta terça-feira, 4, para falar sobre a saída do odontólogo Alysson Bestene da gestão da Secretaria Estadual de Saúde do Acre (Sesacre). Para o parlamentar comunista, o governador usou da afirmação da existência de um suposto cartel na saúde acreana para justificar a mudança na gestão da saúde, o que, de acordo com deputado, seria o primeiro passo para a terceirização da saúde no Acre.
Jenilson Leite chamou a atenção também para o fato da nova gestora da Sesacre não conhecer a realidade da saúde acreana e de também ter ligações com as Organizações Sociais (OS) do Distrito Federal. O deputado comunista enfatizou ainda que o fato do governador ter afirmado que existe um cartel dentro da Saúde do Acre colocou em suspeição empresários, servidores e até mesmo políticos da base aliada, que indicaram cargos para a pasta.
“O governador utilizou até o devido momento, sem mostrar provas nenhuma, essa história de cartel e de imediato trocou o secretário Alysson Bestene por uma médica que não tem o conhecimento da realidade da saúde do Acre que tem uma ligação com as Organizações Sociais lá de Brasília, ou seja, vem com a experiência de gestão do serviço publico com as OS’s de Brasília e diante de toda essa justificativa que ele tentou construir o roteiro e passar para a população de que ali tem um problema e no final da história, esse problema de cartel, até que ele mostre o contrário, ele atribuiu aos servidores, empresários e também aos políticos da base dele, que de certa maneira faziam suas indicações políticas lá dentro. Então o que nos leva a crer é que a mudança na gestão da saúde seja a preparação para uma futura terceirização, porque fundamento prático do cartel nós não vimos o governador apresentar nenhum”, explicou Jenilson.