O deputado estadual Jenilson Leite (PCdoB), vice-presidente da ALEAC, que além de médico, é técnico agrícola, apresentou um anteprojeto de lei nesta terça-feira (14) que institui noções básicas da disciplina de Agropecuária, como conceito a ser ministrado nas escolas públicas rurais do Estado do Acre.
A disciplina deverá ser ministrada nas escolas públicas rurais de ensino fundamental e médio no âmbito do Estado do Acre. Sendo que a implantação ficará a cargo da Secretaria de Estado de Educação.
A lei também define quais temas serão abordados na disciplina, no caso, de aprovação pelo plenário da Casa e a sanção do executivo. A elevação da escolaridade do jovem empreendedor no campo; o respeito as diversidades locais; a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e os demais seguimentos da sociedade serão conteúdos que abordados pelos docentes. Ainda segundo a Lei, a promoção da inclusão social no meio rural também fará parte dos estudos no meio rural.
O projeto tem como objetivo a transformação de jovens em líderes empreendedores, com sensibilidade para identificar oportunidades de desenvolvimento profissional, familiar onde estão inseridos. Bem como estimular a elaboração de projetos produtivos, a serem desenvolvidos pelos jovens agricultores, como forma de viabilizar alternativas de trabalho e renda. E, ampliar as competências, conhecimentos e práticas que possibilitem a gestão empresarial agrícola, promovendo o empreendedorismo, a liderança, o cooperativismo, o planejamento e o uso de técnicas produtivas.
Jenilson Leite justificou que existem escolas que já funcionam nesse modelo em vários estados brasileiros, entre elas a Escola Família Agrícola (EFA) e Casas Familiares Rurais (CFRs), porém, apesar de todos estes fatores, e diante dessa necessidade de se empregarem metodologias e estratégias específicas para as comunidades do campo, alguns estados relutam em reconhecer a efetividade e a legitimidade da Pedagogia da Alternância. “Essa metodologia dá aos alunos a oportunidade de continuarem estudando enquanto ajudam seus pais nas tarefas agrícolas. A inclusão formal do método na atual legislação, virão a possibilitar que as escolas em áreas rurais tenham mais apoio do Estado, valorizando os alunos do campo”.