O vereador João Marcos Luz (MDB) usou a tribuna da Câmara Municipal nesta quarta-feira (9) para criticar o ex-prefeito Marcos Alexandre pela transformação do Conselho Municipal de Transportes em um conselho deliberativo durante a gestão do petista na Prefeitura de Rio Branco. O emedebista pediu a exclusão do Conselho Tarifário, que para ele foi uma manobra para facilitar o reajuste da tarifa dos ônibus.
"O rio-branquense está vivendo dias difíceis. Mais uma péssima notícia chegou no dia de ontem: o possível aumento da tarifa dos ônibus. Tenho reclamado da ineficiência do sistema de mobilidade urbana em relação aos clandestinos atuarem livremente sem que a Prefeitura combata, e tenho denunciado que a Operação Verão sequer chegou aos corredores de ônibus. Agora as empresas estão requerendo um aumento da passagem, requerendo que seja revisto os custos da empresa. No meu discurso de posse falei que era contra o Conselho Tarifário da forma como está hoje, pois foi criado em 2004 como conselho constitutivo, debatendo a qualidade e não a tarifa. Na gestão do Marcos Alexandre, do PT, esse conselho se tornou deliberativo. Tudo isso foi aceito pelos vereadores que estavam nesta Casa. Os vereadores eleitos pelo povo subtraíram a sua própria função para o conselho dizer o destino da tarifa no nosso lugar”, reclamou.
Luz alertou que alguns votos do Conselho Tarifário a favor do aumento da passagem já é certo pelo interesse no reajuste para beneficiar outras categorias.
"O que o taxista tem a ver com aumento da tarifa? Tanto o sindicato dos taxistas quanto dos mototaxistas vão votar a favor porque tem interesse. Já é 2 a 0. O que esta Casa pode fazer? Nada. Ontem fui questionado na rua por uma senhora sobre o que posso fazer para impedir este aumento. Infelizmente, não posso fazer nada, só posso reclamar. O conselho parece que tem poder de polícia, manda prender e soltar. Sou a favor da extinção do Conselho Tarifário para que a Câmara de Vereadores tenha o poder de analisar as planilhas, e tenha o poder de analisar junto com o executivo qual o valor justo da tarifa. São três pontos importantes que precisam ser tratados pela Prefeitura urgente: primeiro a extinção do Conselho, segundo as ações de combate aos clandestinos, que têm tirado boa parte dos usuários e causado prejuízo as empresas de ônibus e terceiro que a Operação Verão consiga fazer a manutenção nas vias que os ônibus passam. Os custos de manutenção são altos. Sou contra o aumento, mas as empresas merecem pedir aumento pela ineficiência total da gestão pública municipal", concluiu.