O ex-senador Jorge Viana (PT) disse que a briga política entre o governador Gladson Cameli (PP) e o vice Major Rocha (PSL) é algo que ele considera inexplicável. As declarações de Jorge Viana foram proferidas durante o programa Papo Informal, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares.
“Essa briga do governador com o vice-governador é inexplicável. Eu acho isso muito grave. E o Gladson ainda não conseguiu mostra a que veio”, disse o ex-senador ao afirmar que a relação entre o governo e a população sofreu um rompimento.
“Parece que os profissionais da política tomaram conta. Isso é muito ruim. Eu acho que isso não é bom. Seria bom ver o Gladson executando um plano melhor que a gente já fez. Eu acho que o oferecido para a população é muito pouco”, disse o também ex-governador do Acre.
Aposentadoria
Ao falar da aposentadoria de ex-governador e de ex-senador, Jorge Viana disse que isso é uma questão bem resolvida. Ele entende que o recebimento é legal e fará isso até enquanto o Supremo Tribunal Federal garantir o pagamento da pensão a ex-governadores. “Eu trabalhei 36 anos na vida pública. Nunca montei nenhum esquema por fora. Eu só recebo os R$ 30 mil porque tem amparo legal. Respeito a sua opinião [Luciano Tavares] e dos demais, mas, isso é uma questão bem resolvida pra mim”.
Conselho a Gladson
O ex-senador petista disse que se fosse preciso dar um conselho a Gladson, ele diria ao governador acreano que dos R$ 60 milhões para o pagamento de dívidas que estão suspensos, por decisão do Supremo, usaria R$ 15 milhões em uma espécie de “auxílio emergencial”, com bolsas no valor de até R$ 300 para as famílias carentes. Isso beneficiaria 50 mil famílias acreanas.
“O governo pode sim fazer muita coisa, principalmente durante a pandemia”, disse JV.
Marcio Bittar
O ex-governador Jorge Viana criticou a postura do senador Márcio Bittar, que tem alardeado por onde passa que está destinando milhões de reais para o Acre, mas destinou dinheiro para outros estados do país.
Segundo o petista, a prática de Márcio é estranha e merece uma reflexão. “Ficar mandando dinheiro para Goiás, para Campo Grande, enquanto o Acre não tem, é muito complicado”, dispara o ex-governador ao lembras as polêmicas envolvendo o emedebista aliado de Bolsonaro.
O ex-senador alertou que apesar da divulgação de investimentos no estado, a realidade é diferente, e falta emprego para a população. O petista questionou também que os governos Bolsonaro e Gladson Cameli não construíram sequem uma casa para pessoas carentes.
“Se tivesse investimento em obra, nós teríamos geração e emprego. Nós tivemos mesmo foi a eucaristia no governo desse presidente, agora. Não dá! Os impostos são os mesmos, e até a Petrobrás triplicou a produção de petróleo nos governos Lula e Dilma”, completa o petista.