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POLÍTICA

Jorge Viana detona Gladson sobre caso Ptolomeu e recebe contra-ataque de secretário de Governo que o chama de “fim de linha” e “ponta de aterro”

Jorge Viana detona Gladson sobre caso Ptolomeu e recebe contra-ataque de secretário de Governo que o chama de “fim de linha” e “ponta de aterro”

O depoimento de Gladson Cameli no STJ no âmbito da Operação Ptolomeu, que aconteceria nesta sexta-feira (25), mas foi adiado para o dia 5 de novembro a pedido dos advogados do governador, virou tema de vídeo do presidente da Apex, o ex-governador Jorge Viana, e fez o secretário de Governo, Luiz Calixto, homem forte da articulação política do Palácio Rio Branco reagir relembrando o que ele chama de “declínio” e “fim de linha” do petista.

Em seu vídeo, Viana rememora o processo em que Gladson é réu no Superior Tribunal de Justiça por organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

“Eu estou falando dessa acusação de corrupção, desse processo que começou lá atrás quando o aliado dele governava, o Bolsonaro, e foi a polícia liderada pelo Bolsonaro foi na casa do Gladson, na casa dos seus familiares, foi dentro do Palácio buscando provas de um dos maiores esquemas de corrupção da história do Acre e que colocaram como chefe dessa organização criminosa o governador do Acre.É grave ou não é grave? Veio a ministra Nancy Andrigh que é quem está conduzindo esse caso, ministra do STJ, uma das mulheres mais respeitadas do Brasil e foi ela que marcou esse depoimento. É pra ela que ele vai ter que se explicar. E muita gente resolveu calar nessa hora. Isso não é notícia? Isso não é um assunto importante? Gente, é uma coisa gravíssima. Isso tem a ver com a vida do Acre, o amor que nós temos por nossa terra, o respeito que nós devemos ter pelo nosso povo. Por isso que eu resolvi não me omitir nem calar. Eu não vou ficar omisso nem indiferente.”

Depois, Viana lembra que Gladson começou sua vida política na extinta Frente Popular do Acre, embora tenha deixado o bloco.

“Em primeiro lugar, eu queria falar um pouco do próprio governador. Ele começou a história política dele junto com a gente. Aliás, naquela época, boa parte das pessoas que estão agora no poder começaram, pegaram carona no nosso projeto, que graças a Deus melhorou a vida do nosso povo e fez o Acre grande no Brasil todo. O Gladson se elegeu pedindo voto para Dilma, pedindo voto para mim, fazendo nossas campanhas. Abandonou e inventou aquela frase que o Acre tem muito dinheiro, faltava era gestão e essa história dele gravíssima começou quando ele foi virar gestor e o maior esquema de corrupção segundo a Polícia Federal, segundo o Ministério Público Federal, foi organizado por ele, com essas empresas que trouxeram de Manaus, de outros estados.”

A reação de Calixto veio logo em seguida. O secretário de Cameli fez uma espécie de historiografia pouco citada no meio político sobre Jorge Viana, lembrando que o ex-governador uma “ponta de aterro”.

“Hoje Jorge não conteve a dor de cotovelo das derrotas e da falta de expectativas e passou a agredir violentamente o governador Gladson Cameli em razão da oitiva no STJ devido um processo que se arrasta há mais de três anos e ainda não conseguiu juntar elementos substanciais de provas”, lembrou Calixto.

Abaixo o texto do secretário de Governo:

O ocaso Jorge Viana

Ocaso não é uma palavra muito usada no meio do povo. Significa declínio, fim de linha.

Se alguns, vulgarmente, usá-la como significado de “ponta de aterro”, não estaria fora de sentido.

Ponta de aterro é aquele pedaço de terreno que, dali pra frente, não tem futuro ou serventia.

Aposentado como ex-governador e ex-senador, Jorge Viana vive a amargura de quem foi tudo e não será mais nada na política acreana.

Entrou como janeleiro no serviço público, ou seja, sem concurso, e alçou a condição de presidente da Funtac por benevolência do então governador Flaviano Melo.

Antes, todavia, foi um dos mais aguerridos militantes da Arena e do PDS, partidos que sustentaram a ditadura militar. E foi, ainda, um malufista empedernido.

Foi prefeito de Rio Branco, governador por dois mandatos e senador.

Durante o governo dele, recebeu o título popular de Reizinho da Floresta em razão de sua índole perseguidora e por exigir que todos se ajoelhassem para beijar os seus pés.

Em 2018, saiu humilhado das urnas com uma votação pífia: ficou na terceira colocação, não muito distante do quarto e quinto lugares.

Em 2022, tentou ressuscitar como candidato a governador, mas levou uma lapada tão grande que até hoje anda a procura de um lugar para sentar e descansar.

Na Apex Brasil, mudou o regimento da entidade para, assim, poder receber duas passagens mensais para passear no Acre.

Mas as duas derrotas seguidas não foram tão humilhantes quanto o papel de amante argentina que protoganizou na campanha do seu pupilo Marcos Alexandre.

Segundo o folclore, a amante argentina é a companheira que jamais vai poder aparecer em público. Seus encontros são furtivos, nas alcovas, ou nos escurinhos.

Com todo este currículo, Jorge Viana não apareceu nos programas eleitorais.

Hoje Jorge não conteve a dor de cotovelo das derrotas e da falta de expectativas e passou a agredir violentamente o governador Gladson Cameli em razão da oitiva no STJ devido um processo que se arrasta há mais de três anos e ainda não conseguiu juntar elementos substanciais de provas.

Lembram? Quando Lula passou 580 dias, Jorge integrava o coro Lula livre.

Jorge sabe que a eleição dele para governador ou senador é próxima ao impossível e ele não tem tutano nos ossos de encarar um pleito para deputado federal, onde o voto é disputado por três dezenas de candidatos.

Jorge deveria entender que seu tempo já passou.

Melhor se acalmar e tomar um refrigerante em Dubai enquanto a Apex lhe garante um bom salário e viagens 0800 pelo mundo.

Ocaso é o momento em que o Reizinho da Floresta desaparece do lado oeste do horizonte. E sempre bonito e triste de ser ver.

Luiz Calixto