Jornalistas e membros da imprensa acreana tem sido hostilizados por bolsonaristas que se aglomeram desde o último dia 2 de novembro em frente ao 4° BIS, em Rio Branco, por não aceitarem o resultados das urnas, após Luiz Inácio Lula da Silva ser eleito presidente da República.
Alegando fraude eleitoral e outros tantos argumentos infundados, os bolsonaristas pedem a intervenção das forças armadas para que o pleito eleitoral seja cancelado.
A movimentação dos insatisfeitos tem causado várias reclamações de moradores da região que viram suas rotinas mudarem abruptamente. As reclamações vão de obstrução das ruas, poluição sonora e irresponsabilidades no trânsito, já que centenas de automóveis ocupam, diariamente, os dois lados das vias no entorno do Comando do Exército.
O fato é tão complicado que até mesmo o STF, por meio do Ministro Alexandre de Moraes já se manifestou, que atendendo pedido do MP acreano, determinou que a Polícia Militar do Acre controle a situação e desbloqueie as ruas.
Mesmo com a manifestação do STF a situação continua complicada e o clima no local não é dos melhores, principalmente com profissionais da imprensa.
Diariamente jornalistas que fazem a atualização do manifesto são hostilizados por manifestantes bolsonaristas. Fato igual aconteceu na manhã desta segunda-feira, 7, quando um grupo de jornalistas de diferentes veículos de comunicação foram chamados de golpistas, esquerdistas e xingado de palavrões pelos manifestantes que autointitulam "patriotas".
Um desses profissionais foi o jornalista do A Gazeta do Acre, Dell Pinheiro que em um primeiro momento foi impedido de registrar as imagens dos manifestantes bloqueando a rua Valério Magalhães.
"Fui xingado, chamado de esquerdista, golpista e mais um monte de adjetivos pejorativos e não deixaram eu fazer os registros da manifestação, insisti até que uma senhora interviu e daí gravei um vídeo de poucos segundos e fiz algumas fotos", disse Pinheiro.
A reportagem do NH também foi alvo de hostilidade. No momento em que o bloqueio da Valério Magalhães era realizado a reportagem gravava a movimentação, foi daí que uns dos manifestantes começou a filmar e proferir palavras de baixo calão contra o profissional que trabalhava no local.