O juiz Giordane Dourado, do 3º Juizado Especial Cível do Acre, jogou duro com quem diz que há fraude nas urnas eletrônicas: "A teoria de que há fraude nas nossas urnas eletrônicas é puro terraplanismo na arena democrática".
A afirmação, feita no Facebook do magistrado, ocorre no momento em que o debate sobre o voto impresso e auditável circula na opinião pública e é motivado por militantes bolsonaristas.
A discussão ganhou mais força depois que o presidente Jair Bolsonaro falou sobre fraude nas eleições de 2018.
A Câmara dos Deputados instalou uma comissão especial responsável por analisar a Proposta de Emenda à Constituição que trata sobre a obrigatoriedade do voto impresso auditável.
A PEC começou a tramitar em 2019 e determina que os votos registrados nas urnas eletrônicas sejam impressos em cédulas de papel. E que, após conferidos pelos eleitores, sem contato manual, sejam automaticamente depositados em urnas lacradas para fins de auditoria.
Giordane Dourado chegou a ser juiz na 9ª Zona Eleitoral nas eleições municipais passadas, mas foi afastado por decisão do Pleno do TRE em uma sessão no dia 16 de outubro sob argumentos de que a atuação de sua esposa, a assessora parlamentar Cláudia Pinho, na coordenação da campanha do candidato à prefeitura pelo MDB à época, Roberto Duarte, comprometeria "a capacidade subjetiva" das ações do magistrado no pleito.