O mês de julho é destinado ao alerta à população sobre as hepatites virais. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou por uso de alguns medicamentos, álcool e drogas, ou por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a hepatite C é a maior epidemia da humanidade, cinco vezes superior à AIDS/HIV. O “Julho Amarelo”, como nacionalmente é conhecida, é a campanha para conscientizar sobre a necessidade de cuidados da população em relação às hepatites virais.
Em 10 anos, entre 2014 e o primeiro semestre de 2023, o Acre registrou pelo menos 359 mortes por hepatites virais. No ano de 2014 foram 43 mortes por hepatites virais, e 32 no ano passado, segundo dados do Núcleo Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis.
Sabendo que a prevenção é o melhor remédio e que o diagnóstico precoce favorece o início do tratamento, o deputado estadual Emerson Jarude, em parceria com o vereador João Marcos Luz e a Associação de Portadores de Hepatites do Estado do Acre, promoveu uma ação no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco, onde foram oferecidos testes rápidos de Sífilis, HIV e hepatites A e B, além de vacinação contra Covid-19, influenza e hepatite.
“Esse é o momento que a gente aproveita para falar desse tema tão importante. A capital Rio Branco, infelizmente, tem o quarto pior índice quando se refere às hepatites virais, então é importante trazermos essas iniciativas para dentro dos bairros, para que chegue à população”, pontuou Jarude.
Heitor Neto, presidente da Associação de Portadores de Hepatites do Estado do Acre, reforçou a importância do diagnóstico precoce.
“A hepatite é uma doença silenciosa, que mata, mas que tem tratamento. Muitas vezes as pessoas descobrem em um estágio avançado, por isso é importante que se faça o teste regularmente e essa ação que ocorreu hoje é importante para que as pessoas dos bairros tenham o acesso”, explicou.
Segundo Neto, o ideal é que os testes sejam feitos a cada seis meses. “A hepatite é uma doença que além de ser transmitida sexualmente, também é transmitida pelo sangue, o que facilita a sua transmissão. Muitas pessoas usam aparelho de barbear de outras pessoas, por exemplo. E esse é um risco”, finalizou.
A ação também ofertou ação preventiva e educativa de saúde bucal, atendimento psicológico, pula-pula, refrescos e a participação do time de rugby com atividades para as crianças.
Junto com a neta, a dona Josélia foi uma das moradoras que participou da ação na sede da Associação de Moradores do Tancredo Neves e agradeceu a atenção dada a quem mora na regional.
“Foi muito bom poder vir aqui, pude aferir a minha pressão e tomei minhas vacinas, tudo rápido. Muito mais fácil do que ir ao posto de saúde porque a gente chega lá e muitas vezes não tem ninguém pra atender ou falta vacina, médico, tudo. Então foi muito bom”, disse.