Secretário é acusado de dar a famosa “furadinha de fila”
A Saúde Pública do Acre entra em turbilhão de problemas. Troca de secretários, denúncia da existência de cartel feita pelo próprio governador, Pronto Socorro de Rio Branco superlotado, e agora, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac) denunciam abuso de poder por parte do secretário adjunto, coronel Jorge Fernando Rezende, junto à equipe plantonista do Pronto Socorro.
De acordo com nota enviada pelo Sintesac à imprensa, na última segunda-feira, Jorge Fernando se dirigiu até o Pronto Socorro para acompanhar o caso de uma paciente que estava internada no setor de “observação adulta”. Sem obedecer aos critérios de espera, o secretário ordenou que a paciente fosse transferida para a Clínica Médica Feminina, sendo que havia outros pacientes já na fila para serem chamadas, dando a famosa “furadinha de fila”.
“Determinou a transferência de uma paciente para a CLINICA MÉDICA FEMININA - CMF, mesmo tendo outros espera e maus tempo, não sendo possível, em razão da grande demanda que estava a frente de sua paciente e pela falta de colchão para o único leito disponível, no entanto, sem respeitar os fluxos, de forma muito agressiva, e arrogante, gritou com a equipe plantonista da CMF, e do setor de regulação, equipes femininas, imputando as mesmas toda imperiosidade do cargo, insinuações e humilhações, por fatos alheios a responsabilidade das equipes”, diz trecho da nota assinada pelo presidente do Sintesac, em exercício, Jean Marcos Lunier.
Jean Marcos manifestou “solidariedade e apoio as mães de família que estavam de plantão, ao tempo em que lamentamos e repudiamos veemente a postura ignóbil, arcaica, truculenta, desrespeitosa e desproporcional, de um gestor público, alheio a nossa realidade, e bem longe de assimilar, os princípios básicos que norteiam a gestão pública, o respeito, a ética, a impessoalidade e a moralidade”.
O sindicalista diz que vai comunicar o fato aos deputados estaduais para que tomem providências por meio da Comissão de Saúde da Aleac, aos conselhos de classe e através dos meios judiciais.
“Jamais deixaremos que nossos colegas, sejam ainda mais, desrespeitados,
agredidos, ameaçados ou responsabilizados pelas mazelas de um sistema,
aonde nós, somos apesar de todo o esforço, sobrecarga, e empenho,
apenas mais vítimas de um sistema falho, e recheado gestores com postura
desarrazoada e incompatível com os ideais de crescimento”, relata.