O governador Gladson Cameli (PP) conseguiu a aprovação de mais um pedido de empréstimo junto ao Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) para a compra de software e consultorias para modernização do serviço público, voltado a melhorar o sistema de arrecadação.
A matéria chegou a ter uma emenda de plenário apresentada pelo deputado Jenilson Leite (PSB). O texto prévia investimentos de 10%, do valor contratado, na criação de um polo de iniciação de tecnológica. A emenda foi rejeitada após orientação do líder do governo, deputado Pedro Longo (PDT). Ele argumentou que o projeto já tinha um objeto em específico, não sendo permitido pelo Banco a mudança.
“Todavia, nós vamos recomendar a rejeição dessa emenda neste momento, não pelo mérito dela. Esse projeto do BIRD já tem uma formatação, uma arquitetura. É um projeto que a União já definiu seus objetivos e os estados fazem sua adesão”, disse o deputado Pedro Longo.
O autor da emenda, deputado Jenilson Leite, afirmou que o investimento na criação de um polo tecnológico é necessário, isso porque vai permitir a geração de centenas de empregos. “Estamos fazendo um empréstimo para comprar serviços. Ora, estamos propondo que parte desse financiamento seja para incentivar que os jovens acreanos a partir de um núcleo de tecnologia para poder começar também a produzir esses serviços. Isso se chama investir hoje para que amanhã a gente possa estar colhendo”, pontua.
O deputado Edvaldo Magalhães também se posicionou favorável à emenda de Jenilson Leite e lamentou que os parlamentares a tenham rejeitado. Ele pontuou que comprar apenas programas para a modernização do sistema de arrecadação não resolve o problema dos acreanos, sobretudo dos jovens.
“Esse pedido aqui é só para modernizar a máquina burocrática do estado do Acre. O que está sendo prioridade é a modernização da máquina e nada de investimento na linha fim para gerar emprego, com os dados que o IBGE divulgou recentemente. O índice de desemprego no estado do Acre é acima da media nacional. Um escândalo dos jovens que não estudam e nem trabalham, de mais de 35%. Com esses dados estatísticos da herança do Gladson para si mesmo, a prioridade é contratar um programa de modernização para melhorar a arrecadação do estado do Acre. Para tirar da onde não se tem. É isso, a prioridade desse pedido”, disse Edvaldo Magalhães.