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POLÍTICA

Mais de 10 mil alunos e 3 mil vagas estão ameaçadas com cortes na Ufac 

Mais de 10 mil alunos e 3 mil vagas estão ameaçadas com cortes na Ufac 

Enquanto o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), chama educadores e alunos que foram às ruas protestar contra o corte de verbas para a educação de “idiotas úteis”, dados oficiais mostram que o ensino superior público corre sério riscos no Brasil. No Acre, que conta apenas com uma universidade federal, a situação não é nada confortável. 
De acordo com levantamento realizado pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 10.173 alunos da Universidade Federal do Acre (Ufac) serão prejudicados de alguma maneira com os cortes anunciados pelo Ministério da Educação. 
Outras 3.317 vagas para graduação e pós-graduação deixarão de ser oferecidas pela universidade, com menos verba em caixa. Quase 610 alunos de mestrado e doutorado serão impactados, já que ficarão sem recursos para custeios de suas pesquisas, além de perder as bolsas que lhes garantem o sustento no período dedicado aos estudos. 
Ao todo, segundo a Andifes, 50 cursos da Ufac estão ameaçados. Para 2019, a instituição teria um orçamento previsto de R$ 55,12 milhões. Com a tesourada de 18,25%, a Ufac vai perder R$ 18,88 milhões, conforme a pesquisa feita a partir de dados do próprio governo federal. 
Quase 70% dessa verba que será perdida iria para custeios, aplicada no pagamento das contas de água, luz, telefonia e a segurança dos centros universitários. A se manter este contingenciamento - como o governo prefere definir - o ano letivo da Ufac tende a ficar comprometido já a partir do segundo semestre. 
“A interdição do custeio geral foi de fato de 41%, inédito em termos da dimensão, seguramente o maior da história recente das universidades federais”, diz nota da Andifes.