Informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que constam no “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios - Resultados preliminares da amostra”, divulgadas recentemente apontam que dos 260.837 domicílios do Acre, 13,91% estão alugados.
Em números absolutos, isso representa 36.276 residências alugadas. Se levarmos em consideração a média familiar de 2,79 pessoas, por domicílio, utilizada no Censo de 2022, mais de 101,2 mil acreanos moram em casas alugadas. Os dados escancaram o déficit habitacional e a necessidade por moradia.
Em 2022, a proporção de brasileiros que viviam em domicílios alugados manteve a trajetória de crescimento e chegou a 20,9% da população. Em 2000, essa parcela era de 12,3% e, em 2010, de 16,4%. Ainda assim, há um considerável predomínio dos domicílios próprios, com 72,7% da população brasileira residindo em domicílios de propriedade de algum dos moradores (já pago, herdado, ganho ou ainda pagando).
Outro ponto é com relação aos elementos estruturais do domicílio. “Cerca de 7 mil pessoas, o equivalente a 0,004% da população, viviam em domicílios sem parede. Conceitualmente no Censo, um domicílio deve ter parede. Entretanto, é feita uma exceção em localidades indígenas, visto que para algumas etnias indígenas brasileiras a casa só tem cobertura. Nesses casos, o IBGE faz essa flexibilização de contabilizar um domicílio que não tenha parede”, explica Bruno Perez, analista da gerência de Indicadores Sociais do IBGE.