O bloqueio das atividades de 15 empresas citadas na 3ª fase da Operação Ptolomeu, a partir da decisão da ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, pode levar à demissão de cinco mil trabalhadores no Acre.
Sem conhecer a realidade local, em que 35% dos jovens estão na ociosidade de acordo com dados do IBGE, milhares de trabalhadores terão seus salários atrasados. Isso porque as contas das empresas encontram-se confiscadas. A decisão, caso não seja revista, poderá provocar uma verdadeira quebradeira na economia acreana.
Obras importantes tocadas pelo Deracre, que teve como alvo o diretor-presidente, Petrônio Antunes, e pela Secretaria de Estado de Obras Públicas, até então comandada por Cirleudo Alencar, também afastado das funções por determinação do STJ, poderão ser paralisadas, sem data para retorno.
Ainda na decisão, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo supostamente adquiridos como proveito dos crimes. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.