O vice-governador Major Rocha vê mais acertos do que erros nos dois meses e meio do governo de Gladson Cameli. Em entrevista ao Notícias da Hora, por meio de uma transmissão ao vivo, o Major tucano disse que considera difícil uma avaliação mais ampla pelo pouco tempo da atual gestão no comando do Palácio, porém o vice de Cameli diz enxergar um governo se esforçado para acertar.
"Muito esforço, muito trabalho. Nós temos erros e acertos. Isso é natural. Estamos corrigindo e ajustando. O governador Gladson Cameli tem acompanhado pessoalmente e orientado a equipe, eu tenho ajudado também no que posso. Mas acredito que nós temos muito mais acertos do que erros. É muito difícil uma avaliação de governo em pouco mais de 60 dias. Mas o que eu fico feliz é pelo empenho coletivo. A busca para acertar, melhorar, isso nos anima", diz Rocha.
Apesar de esboçar reação positiva em relação ao atual governo, Rocha não consegue esconder seu desconforto em relação ao fraco desempenho de alguns setores.
Nos primeiros dias de gestão ao virar governador em exercício na ausência de Gladson Cameli, Major Rocha foi ao Pronto Socorro e lá encontrou sérios problemas na estrutura física da unidade e um verdadeiro descaso no atendimento aos pacientes. A ida de Rocha foi o bastante para ressuscitar um conflito interno no Palácio Rio Branco com o deputado José Bestene (Progressistas), correligionário do governador do Acre, e o secretário de Saúde, Alysson Bestene. Tucanos e Progressistas trocaram farpas por meio de notas. Gladson defendeu Alysson pondo a culpa da calamidade da Saúde Pública no PT e Rocha se manteve com a opinião de que como governador em exercício tem não só o direito como o dever de fiscalizar os setores públicos.
Segurança
Escalado por Gladson Cameli para comandar a Segurança Pública do Acre, Major Rocha enxerga avanço no setor, entretanto diz que ainda não está satisfeito com os números. Mais de 60 pessoas morreram vítimas de homicídio no estado nos primeiros 70 dias de 2019. Os dados são alarmantes. A atual gestão da Segurança havia prometido devolver a paz para o Acre nos primeiros 10 dias.
"Vemos uma redução em todos os índices da segurança nesses primeiros dias de 2019, mas ainda temos muito a fazer porque os números ainda são muito altos. E nós não estamos satisfeitos com os números da segurança mesmo sabendo que nós tivemos redução significativa."
Até o dia 20 de janeiro foram apreendidos 300 celulares nos presídios do Acre. O número de apreensões é maior que o que foi registrado durante todo o ano de 2018, comemora o vice-governador.
Para o Major, a "redução" nos índices de violência deve-se à confiança que os operadores da Segurança Pública (policiais militares e civis, agentes penitenciários e socioeducativos) têm mostrado no projeto para o setor executado pelo atual governo no combate à criminalidade.