Com o objetivo de compreender a relação entre religião e política em um contexto contemporâneo, do qual se estreitou ainda mais essa ligação, foi realizado na noite deste sábado, 22, no auditório da Fecomércio, na Avenida Getúlio Vargas, bairro Bosque, em Rio Branco, um debate com diversas lideranças religiosas da Capital.
O evento, organizado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), por meio da Fundação Ulysses Guimarães (FUG), contou com a participação do pré-candidato a prefeito de Rio Branco pela agremiação, Marcus Alexandre, e do pré-candidato a vereador também pela sigla, Eber Machado.
"Além de servirmos a Deus, temos a relação com vários movimentos e ministérios evangélicos. Então, como Marcus Alexandre estava fazendo a roda democrática com todos os segmentos, alguns irmãos tinham dúvidas com relação a sua pré-candidatura. Conversamos com o nosso futuro prefeito e decidimos, juntamente com a FUG, trabalhar e preparar todo esse movimento. Sempre vamos depender da política, porque nós precisamos dela. Porém, acredito que
ela pode ser muito bem trabalhada dentro da igreja", enfatizou Machado.
O pastor Ermilson Lima, presidente da Assembleia de Deus Rocha Eterna, no bairro Wanderley Dantas, disse que religião e política podem sim 'andar' juntas em prol da sociedade.
"Muitos acham que política e religião não combinam, mas isso não é verdade. Você vê que biblicamente isso já combinou, principalmente quando Jesus foi sepultado e ficou no túmulo de José de Arimatéia, que era um senador. Você vai ver que José, no Egito, era governador. Porém, nós temos que saber separar. Muitas das vezes a política quer dominar o cenário religioso, e isso não pode acontecer. A política e a religião devem estar unidas pelo bem comum, em prol de toda comunidade.
Nós na área espiritual, como eu já disse, e eles na área secundária, trabalhando em prol da nossa sociedade".
Marcus Alexandre falou sobre a importância do evento. " Foi o querido Eber Machado que fez essa proposta, da gente reunir os pastores, obreiros, líderes religiosos, para discutir como é que a Prefeitura pode somar ao trabalho social que as igrejas evangélicas fazem. Quando fui prefeito, fizemos convênio com as casas de recuperação para ajudar as pessoas que estão em situação de rua, fizemos convênio com a Educação, tivemos um trabalho com a rede de proteção social. Ou seja, estamos cuidando das mesmas pessoas, e é assim que a gente vai trabalhar. Iremos fazer outras rodas democráticas com outros temas específicos, dentro da construção do nosso plano de governo", concluiu.