Os moradores do Residencial Abunã, no bairro Apolônio Sales, em Rio Branco, estão revoltados com o tratamento dado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) à comunidade. Cerca de 200 famílias vivem em residências doadas pelo governo.
Segundo o líder comunitário Francisco Ribeiro, a vice-prefeita e secretária da pasta, Marfiza Galvão, teria desautorizado a equipe a entregar 50 cestas básicas na comunidade, após pedido formal feito pela Associação de Moradores do bairro. A secretaria tem anunciado, nos últimos dias, centenas de cestas básicas doadas ao município.
Após muita reclamação do líder comunitário, a orientação da equipe d a SASDH foi de que para fazer o pedido, o próprio presidente teria de fazer o papel da equipe da secretaria, no sentido de coletar todas as informações dos moradores carentes e, só depois, encaminhar isso para a SASDH. Motivo de revolva à comunidade.
“Temos muitas famílias carentes, sem renda. As poucas que tem renda, não podem nem trabalhar devido à pandemia. Nós solicitamos a doação, mas eles dificultaram o nosso pedido e peram que fizéssemos o cadastro e levássemos para o CRAS. Só que nem o do Tancredo Neves, e nem do São Francisco estão funcionando. Isso não é justo”, reclama Ribeiro.
Diante da dificuldade, Francisco Ribeiro pede que o Ministério Público do Acre intervenha para dar mais transparência na distribuição das cestas básicas, e acompanhe a distribuição de perto, garantindo o acesso aos produtos doados à prefeitura para auxilio dos mais pobres. “Eu gostaria muito que a senhora secretária e vice-prefeita Marfiza aceitasse nosso pedido e nos ajudasse”, completa o líder comunitário.
Procurada, a secretaria retrucou a denúncia de Francisco Ribeiro, e afirmou que o pedido de catalogação dos endereços realmente foi feito, mas era para auxiliar na busca pelas pessoas carentes. “Antes de realizarmos a visita in loco, é importante termos o endereço das pessoas que necessitam ser assistidas pela a assistência social, e diante da necessidade das famílias”, pontuou em nota.
Ainda no informe oficial, a secretaria a equipe do “CRAS, através da assistente social, vai até o local, realizando uma visita in loco, por meio do cadastro socioeconômico, para que posteriormente essas famílias possam ser assistidas pelo CRAS. Estamos funcionando em equipe reduzida, devido o momento delicado que nos encontramos”, completa a nota de esclarecimento da SASDH.