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POLÍTICA

Marina revela divergências com Lula e manda recado: “ninguém trabalha com a perspectiva do cheque em branco”

Marina revela divergências com Lula e manda recado: “ninguém trabalha com a perspectiva do cheque em branco”

A ex-senadora do Acre Marina Silva deixou claro que não deve apoiar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos, a princípio. Ela pontuou que há “divergências políticas” com Lula, que precisam ser sanadas em uma “agenda programática”.

A fala de Marina foi motivada após Lula dizer em um encontro da Rede Sustentabilidade, em Brasília, que sentiu falta da acreana. "Imagino que o presidente Lula não estivesse desavisado. Ele disse que ficou surpreso. Eu fiquei surpresa com a surpresa dele. Eu não estava lá não por uma questão de raiva ou mágoa. Nós temos divergências políticas, e as divergências precisam ser discutidas com base em uma agenda programática. Com foco nos problemas sociais e econômicos que estão indo para um verdadeiro precipício”.

Deixando nas entrelinhas de que não faz parte da agenda proposta por Lula, Marina revelou: “Eu defendo a Justiça social, os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável. É com base nessas agendas que me disponho ao diálogo. Só os autocratas não se dispõem ao diálogo. Estou aberta ao diálogo não em cima de subjetividades, se é raiva ou mágoa. Eu e Lula temos, em várias questões da vida, algumas afinidades e algumas divergências. Essas divergências se aprofundaram e eu saí do governo, mas sempre mantive contato com os demais membros do governo. As minhas questões não têm nada a ver com questões de natureza subjetivas. Estou sempre aberta ao diálogo, sempre me pautei nesse princípio da democracia. O próprio ministro Haddad já pediu para tratar comigo das questões de São Paulo. Estamos fazendo um debate sobre o apoio à candidatura de Haddad, e o diálogo se dá em termos programáticos”.

 

E reforçou: “Na política, não existe apoio incondicional. Existe o apoio condicionado a uma agenda, a uma pauta. Existe uma agenda para o debate. Pessoas com maturidade, com base em uma agenda, dialogam. Colocar o tema no centro do debate é fundamental. Precisamos focar na recuperação econômica, em gerar renda e emprego, mas com o compromisso na sustentabilidade. Compromissos são aqueles que não serão deixados para depois. Ninguém trabalha com a perspectiva do cheque em branco. Esse debate ainda não está posto como deve”.